17/08/2018 às 19h57min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h04min

Pinheiros faz 458 anos

Quem transita ou mora em Pinheiros hoje vê milhares de pessoas e arranha-céus. Cenário bem diferente do pequeno agrupamento indígena que foi montado à beira do Rio Pinheiros. Em 1560, fugidos da expansão portuguesa, escolheram a região para fincar raízes. A área de Pinheiros naquela época correspondia ao território que se estende desde o Butantã até parte do Pacaembu. Pertencia a uma sesmaria doada por Martim Afonso de Sousa a Pedro Góes em 1532 e que, a partir de 1584 passou a pertencer a Fernão Dias. Com o passar dos anos, a região foi expandindo seu território, que passou a ser ocupado, em sua maioria, por nativos portugueses. Estes costumavam explorar os índios, pagando-lhes poucos benefícios. Por conta disso, em 1681 o bairro perdeu inúmeros habitantes, restando apenas 16 na aldeia. O êxodo cessou somente quando um índio foi nomeado chefe da aldeia. O grande progresso da região, porém, só ocorreu a partir do ciclo do café no Brasil, entre o final do século XIX e o começo do século XX. Foi o dinheiro proveniente da exportação do produto que proporcionou o avanço do bairro. Nas primeiras décadas do século XX houve a fundação do Mercado Caipira, da Sociedade Hípica Paulista e da Cooperativa Agrícola de Cotia. O surgimento destas instituições e a ampliação infraestrutural (transportes, água, luz) intensificaram o desenvolvimento do bairro. Atualidade Hoje Pinheiros é um dos lugares mais sofisticados de São Paulo. Reduto da classe média, possui uma rede comercial grande e diversificada (roupas, sapatos, móveis, comidas e bebidas, bancos etc) e uma intensa vida cultural (bibliotecas, livrarias, casas noturnas e bares, feira de artes e antiguidades, academias de dança etc). O bairro de Pinheiros possui duas bibliotecas municipais, a Biblioteca Alceu Amoroso Lima, que possui um acervo da memória do bairro para consulta e a Biblioteca Álvaro Guerra, que reúne depoimentos de moradores sobre suas histórias de vida e do bairro em sua Estação Memória. Na área cultural, ainda serve de residência para centros como o Sesc Pinheiros e o Instituto Tomie Ohtake, o Centro Brasileiro Britânico, o Goethe-Institut e o Centro da Cultura Judaica, por exemplo. É lar também do Complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo, que é o maior e mais importante complexo médico-hospitalar da América Latina e referência internacional em diversas áreas.  Também oferece terreno ao colégio Fernão Dias e dezenas de instituições de ensino. Um dos grandes atrativos para seus moradores e para as empresas que se fixam no bairro é a facilidade de acesso, por ser tangenciado pela Avenida Rebouças e seu corredor de ônibus, por exemplo, mas também pela existência de 5 estações de metrô (Pinheiros, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Vila Madalena). Além disso, conta com ciclovias, como as das ruas Artur de Azevedo, Pedroso de Morais e Avenida Faria Lima.


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