18/01/2024 às 23h46min - Atualizada em 18/01/2024 às 23h46min

​Você pode ajudar

São Paulo dispõe de um ‘Plano Preventivo para as Chuvas de Verão’, ocorrência com a qual os paulistanos contam há muitos anos. O objetivo é prevenir os impactos derivados da precipitação pluviométrica, um fenômeno intensificado em virtude do aquecimento global. Ocorre que não é apenas o poder público o responsável. Todos podem ajudar a mitigar as consequências dos alagamentos, inundações, deslizamentos de terra e demais consequências das chuvas. As áreas de risco foram mapeadas, estão à disposição dos gestores e dos munícipes. A Defesa Civil faz o monitoramento. São vinte as bacias contempladas com o mapeamento de risco hidrológico. Inúmeras ocorrências têm sido atendidas, sempre de maneira compatível com a situação.
Inúmeros servidores municipais atuam nesse complexo de ações. A megalópole com número indefinido de veículos automotores, além dos moradores, há o trânsito interestadual que preenche as vias em todos os horários, precisa ter esquemas ágeis para atuar nas ocorrências. O atendimento acontece com eficácia, pois já existe uma relação de vias historicamente afetadas por enchentes, alagamentos e inundações. 
Todas as trinta e duas subprefeituras participam do PPCV e atuam no sentido de mitigar as consequências dos fenômenos extremos, principalmente as precipitações de chuva. É preciso que o paulistano saiba que 2023 foi um ano atípico. Houve aumento de 240% de árvores caídas, em relação ao ano anterior. Seiscentos lugares de alagamento. Procede-se a macrodrenagem, com grandes obras e microdrenagem, com limpeza de córrego e desobstrução de galerias, tudo para melhorar o escoamento de água.
Onde entra a cidadania? Na adoção de comportamento ambientalmente adequado: não desperdiçar demais, não gerar resíduos sólidos. Cuidar de levar a sério a reciclagem, fazer compostagem e não jogar lixo na rua. Quando os resíduos são deixados na via pública, a enxurrada os levará para as bocas-de-lobo e haverá entupimento, causador de enchentes. Uma postura ecológica tem todas as condições de tornar São Paulo uma cidade resiliente, que saiba administrar os efeitos de uma profunda mutação climática, essa mesma cujos efeitos já estamos todos a sentir. 
De acordo com a Constituição Ecológica, a Constituição Cidadã de 1988, incumbe ao Estado e à sociedade garantir um futuro sustentável para todas as futuras gerações. Pensemos na melhor forma de nos incorporar a essa missão, para a qual todos fomos chamados.

*José Renato Nalini é Secretário Executivo da Secretaria de Mudanças Climáticas do Município de São Paulo, e autor do livro “Ética Ambiental”.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.