20/09/2019 às 14h20min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Roubos de bicicletas assustam usuários

Uma bicicleta não custa barato. Andar de magrela por aí pode ser um ótimo passeio, um exercício físico completo ou se transformar em uma dor de cabeça. Uma das preocupações que cresce junto com o uso desse meio de transporte na região é a possibilidade de furtos e roubos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar reorientaram o policiamento na região, inclusive com uso de bicicletas por meio do programa Bikepol. As ações desenvolvidas na área resultaram na queda de 23% nos delitos de furtos/roubos a bicicletas, de janeiro a 9 de setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. Além disso, representantes da SSP se reuniram com integrantes da "Aliança Bike" e "Vá de Bike" para discutir ações para combater os roubos de bicicletas na região de Pinheiros, e elaborou uma análise das ocorrências georreferenciadas, que foi enviada à PM para análise e a distribuição do efetivo em locais estratégicos. De acordo com dados divulgados pelo Estado de São Paulo, de janeiro até o fim de abril, mais de 400 ocorrências teriam sido registradas nos 14º e 15º Distritos Policiais. Na região da Avenida Faria Lima, onde há o maior número de ciclistas de São Paulo, assaltantes atuam muitas vezes de forma semelhante. Em grupo, cercam um ciclista e tomam-lhe a bicicleta. Há alguns meses, a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais publicou um relato de uma moradora que relatou um fato na Vila Madalena. “Semana passada tivemos a visita de suum ladrão na vila onde moro (Cônego Eugenio Leite, entre a Cardeal Arcoverde e Teodoro Sampaio). Ele quebrou o eixo do portão, entrou e levou uma bicicleta”, comentou M. P.. Para combater os roubos e furtos de bicicletas, a SSP disponibiliza uma página no site da pasta (http://www.ssp.sp.gov.br/consultabicicleta) que possibilita a consulta do número de série das bikes, para saber se elas são produto de crime. Também foi criado um campo para preenchimento na elaboração dos BOs para detalhar as características da bicicleta, além disso foram inseridos dados de bikes roubadas e furtadas nos tablets das viaturas da PM. Infraestrutura A região de Pinheiros é uma das mais estruturadas para os ciclistas. Além de apresentar a ciclovia com maior número de usuários (Faria Lima), também tem acesso à Ciclovia do Rio Pinheiros e a da Paulista. Um dos grandes pontos para os competidores, a Cidade Universitária da USP no Butantã, também recebe dezenas de usuários e esportistas nos finais de semana.Também possui uma crescente rede de canais de deslocamento de bicicletas, que se interligam com outros modais de transporte. Os bicicletários das estações Pinheiros, Faria Lima e Fradique Coutinho do metrô promovem uma nova maneira de se deslocar pela cidade. Assim, os cidadãos que usam a bicicleta como meio de transporte ou lazer também podem utilizar os serviços do metrô e da CPTM. Segundo a ViaQuatro, responsável pela Linha 4 – Amarela, 123 vagas estão disponíveis no bicicletário da Estação Pinheiros, 150 na Estação Butantã e 86 na Fradique Coutinho. “As bicicletas devem ser presas com correntes e cadeados dos próprios usuários, responsáveis também pela guarda das chaves”, informa a empresa. Para ter acesso ao bicicletário, é preciso fazer um cadastramento biométrico e um pré-cadastro com dados pessoais no site da empresa. “Para conclusão e efetivação do cadastro, o ciclista deve ir a um dos bicicletários da Linha 4-Amarela, localizados nas estações Fradique Coutinho, Pinheiros ou Butantã, e apresentar documento original com foto, comprovante de residência e o número de protocolo gerado no pré-cadastro feito pela internet”, finaliza. As bicicletas podem ficar estacionadas por no máximo quatro dias. Um estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) mostra “que moradores de áreas próximas às ciclovias têm a chance aumentada de usar a bicicleta como meio de transporte em 154%. Para aqueles que moram perto de estações de trem ou metrô, o aumento ficou em 107%, independentemente de fatores como sexo, idade, nível educacional ou bairro”. Segundo dados divulgados pela Agência Fapesp, apenas 5,1% da população adulta de São Paulo utiliza a bicicleta como meio de locomoção. Os resultados do estudo apontam que a construção de mais ciclovias faria aumentar esse número. Alex Florindo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do estudo, afirmou em entrevista à Fapesp que “é preciso garantir o espaço, principalmente em uma cidade como São Paulo, que tem um trânsito tão violento e capaz de inibir o uso da bicicleta”.


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