12/07/2019 às 15h53min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h47min

Faria Lima e Berrini contribuem com aumento de 1.173% de bicicletas; Metrô tem mais 30% no número de usuários

As bicicletas consolidam-se como modo de transporte com um aumento geral na capital de 24%, passando de 304 para 377 mil viagens/dia. Desse total, 50% foram por motivo de distância curta. Em grande parte, este aumento deve-se à utilização do modal na zona oeste que tem as Avenidas como a Faria Lima e Engenheiro Luís Carlos Berrini como as maiores, superando até a Av. Paulista,  que lotam suas ciclovias e representam um salto de 1.173% desde o último levantamento apresentado. Considerando-se as outras possibilidades de escolha, a realização de atividade física foi a que mais cresceu, passando de 6,6% das viagens de bicicleta/dia em 2007 para 18% em 2017. Sobre o percurso utilizado, 72% das pessoas declararam não utilizar vias segregadas para bicicleta, resultando que andar de bicicleta ainda ocupa espaço compartilhado com outros veículos. E sobre o local da guarda, seguindo a tendência verificada com relação aos veículos particulares motorizados em 2017, 70% das pessoas declararam que guardam a bicicleta em local privado; em 2007 esse percentual era de 61%. Metrô tem horário de pico ao meio dia O Metrô apresentou os resultados da Pesquisa Origem Destino (OD) 2017. De acordo com o levantamento, o horário do meio-dia se transformou no mais movimentado na Região Metropolitana, com 5,2 milhões de viagens diárias, superando os picos da manhã e da tarde. As novas estações Morumbi, que já está superlotada, a ampliação de Moema, que chegou à Chácara Klabin, além do grande aumento do Butantã e Oscar Freire, contribuíram  sobremaneira para que o número das viagens de metrô tivesse um aumento de 30% em relação a 2007, ano da pesquisa anterior, e considera viagens feitas por modo motorizado ou não. Os picos da manhã e da tarde registraram 4,5 milhões e 4 milhões de viagens, respectivamente, na OD 2017. Vale destacar que as viagens motorizadas são por metrô, trem, ônibus, automóveis e motocicletas, sendo as não motorizadas realizadas por bicicleta ou a pé. Outro destaque da análise foi a redução de 10% do tempo médio de viagem das pessoas nos transportes coletivos na Grande São Paulo. A média atual fica em 60 minutos, contra 67 minutos em 2007. Tempo médio De forma geral, o tempo médio das viagens em todos os modos caiu 14%: de 39 para 34 minutos, entre 2007 e 2017. A maior queda ocorreu nos modos não motorizados (bicicleta ou a pé), cujo tempo médio caiu 24%, passando de 17 para 13 minutos. Nas viagens motorizadas, o resultado da OD 2017 consolidou o grande aumento das viagens por transporte sobre trilhos (metrô e trem). A taxa de crescimento de 53% nesse sistema está relacionada aos altos investimentos na ampliação da rede de metrô, que cresceu 46% (28,4 km) entre 2007 e 2017, saindo de 61,4 para 89,8 km de extensão, e na melhoria da CPTM. O destaque ficou com as viagens de táxi, que apresentaram crescimento de 414%, impulsionadas pela entrada em operação dos serviços demandados por aplicativos, com representatividade de 79% do total de viagens desse modo. Já o automóvel mantém a dianteira como o responsável pela maior quantidade de viagens diárias: 11,3 milhões/dia. O aumento dos deslocamentos feitos pelas mulheres através do transporte coletivo também chamou a atenção, com aumento de 10%, superando o índice de viagens do gênero masculino, que diminuiu 3%, no período de 10 anos. A apuração foi feita relacionando a quantidade de viagens ao número de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo. No Metrô, as mulheres já representam 56% dos passageiros transportados. Levantamento Essa é a sexta edição da Pesquisa OD, o maior levantamento de mobilidade urbana realizado no Brasil. Os dados são apurados a cada 10 anos pelo Metrô e, a partir dos resultados, é possível entender a mobilidade e a forma como as pessoas se deslocam na Região Metropolitana de São Paulo. Isso possibilita o mapeamento dos deslocamentos e das atividades econômicas da Grande São Paulo para o planejamento do transporte público. A Pesquisa OD é uma ferramenta estratégica para a gestão eficiente. Com o levantamento e o entendimento dos fluxos diários daqueles que estudam, trabalham, compram, vendem e passeiam, o Estado, as prefeituras e até mesmo o Governo Federal podem desenvolver políticas públicas de saúde, educação, segurança pública e desenvolvimento urbano.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.