19/06/2019 às 18h34min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h48min

Prazo da Ceagesp deve ser de no mínimo 30 meses

Ao contrário do que foi anunciado pelo Governador João Doria, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) não deve ter alterações por um período mínimo de 30 meses. Há dois meses, o executivo estadual havia estipulado a mudança para o ano que vem. Ao lado do Presidente Jair Bolsonaro, o Governador anunciou, em abril, que Ceagesp seria transferida da União para o Governo de São Paulo e mudará de endereço até o final de 2020. Esta semana, porém, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o Secretário Estadual de Agricultura, Gustavo Junqueira, disse que o prazo mínimo é de 30 meses. Na ocasião, Doria disse que “até o final do ano que vem, ele estará em um novo endereço, em uma área seis vezes maior que a área que ele hoje ocupa. Com isso, vamos ter mais permissionários, uma condição melhor, física e operacional. Este novo local será próximo a uma rodovia, o que permitirá uma ligação mais rápida e eficiente com o Porto de Santos e com as demais rodovias federais e estaduais”. Junqueira, entretanto, afirmou que deve ter sido um “erro de interpretação”, segundo a coluna Painel S.A. Ele estipulou que esta data deve ser para a concepção do projeto, sem ao menos garantir que esteja finalizada esta parte do processo. A Ceagesp será transferida do Ministério da Agricultura para a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e o novo espaço será viabilizado por meio de recursos privados. O futuro endereço não foi anunciado ainda para evitar especulação imobiliária. No atual local do Centro será implantado o CITI (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação), também em parceria com a iniciativa privada. “Será o Vale do Silício de São Paulo, com 650 mil metros quadrados de área dedicada à tecnologia”, explicou o Governador. Arco A Prefeitura de São Paulo pretende transformar o terreno em um parque tecnológico. A saída da Ceagesp da zona oeste foi cogitada durante décadas por diferentes administrações municipais, mas nunca houve um projeto concreto para viabilizá-la, principalmente em virtude de dificuldades no diálogo entre a Prefeitura de São Paulo, proprietária do terreno, e o Governo Federal, responsável pela operação do equipamento por meio do Ministério da Agricultura. Além dos 700 mil metros quadrados, a localização do terreno na Vila Leopoldina reforça seu potencial para receber grandes intervenções urbanísticas. A área fica próximo à Marginal Pinheiros, às linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e aos parques Villa-Lobos e Leopoldina Orlando Villas-Bôas. Segundo a Prefeitura, a saída do entreposto da Vila Leopoldina deve favorecer a circulação de veículos na Marginal Pinheiros. O futuro endereço da Ceagesp deve ser o bairro de Perus, zona norte, nas imediações do Rodoanel. No ano passado, a iniciativa entrou como parte do Arco Pinheiros. Segundo a Prefeitura, “mais de 50% do território do Arco Pinheiros está distribuído em quatro “porções” isoladas, desconectadas e monofuncionais”. “Estas características não estão alinhadas ao modelo de cidade desejado: a cidade compacta, conectada, sustentável e inclusiva, onde seja possível aproximar o emprego da moradia, através do adensamento planejado, orientado pelo transporte público de alta e média capacidade, onde se promova a recuperação e o resgate de seus recursos naturais, e por fim, onde se promovam novas centralidades com diversidades de usos, serviços e espaços públicos seguros e ativos que favoreçam a interação social”, afirma em nota. Segundo a Prefeitura, o grande desafio do PIU do Arco Pinheiros é promover o processo de transformação urbana capaz de contribuir para integrar, articular e reforçar as potencialidades presentes nas diferentes porções do seu território, de modo a assegurar o uso mais coerente e inteligente da cidade, de sua infraestrutura e de seus recursos, perseguindo as estratégias definidas pelo Plano Diretor Estratégico (PDE). Um dos pontos discutidos é direcionar o adensamento construtivo e populacional associado à infraestrutura de transporte público e à transformação dos terrenos ociosos e subutilizados. As diretrizes de uso do solo se iniciam com uma diretriz geral que define setores de adensamento construtivo e populacional para o Arco Pinheiros, com base na proximidade da rede de transporte, na presença de projetos colocalizados, no grau de ociosidade dos usos atuais e na função estratégica dos locais perante a unidade de projeto. Após a definição dos novos setores de adensamento, pela diretriz geral, apresentam-se as diretrizes de uso do solo específicas para cada setor, garantindo a eles diversidade social e econômica.


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