19/06/2019 às 16h47min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h48min

Estreias do Cinema - 21/06/19

Chernobyl - O governo soviético contra o povo   Obstrução, desinformação e diversionismo a fim de manter a fantasia socialista diante da gravidade da situação multiplicou o número de mortes do maior acidente nuclear da história, em abril de 1986. Já o segundo maior acidente ocorrido no Japão, em 2011, não teve nenhuma morte instantânea . Como pode a maior potência militar ter o pior e mais barato material de contenção nuclear? Segundo a série da HBO, a tragédia foi quase incidental regada a inúmeras mentiras e falhas, tecnicamente chamadas de dolo eventual. Na trama, o coordenador da usina, de olho em uma promoção, obrigou os funcionários a realizar um arriscado teste. O mais grave foi o governo ter ocultado o fato da população local, que teve de sair às pressas somente dias depois das milhões de partículas radioativas espalharem-se no ar. Isso graças aos alarmes finlandeses e suecos antirradiação instalados há milhares de quilômetros, o que obrigou a nação comunista a abrir sua cortina de ferro contaminada para revelar todas as suas falhas ao mundo ocidental. Manutenção hercúlea, precária e tardia para impedir urgentemente que a radiação contaminasse todo o planeta, o que acabou levando o comunismo, que já estava mal das pernas, à falência. Destaque ao povo soviético nacionalista que foi capaz de dar a vida pelo país, ao contrário dos políticos da alta cúpula preocupados apenas em manter o sistema falido e a própria reputação. Calcula-se aproximadamente 100 mil mortos até hoje, mas para o governo soviético o número ainda é de 31 mortos.   Chernobyl . Direção: Craig Mazin. Drama. (EUA, Alemanha, Reino Unido, 2019). 58 min.   Nota: 5,0   “Eu não deixo nenhum brinquedo para trás!”   Toy Story 4, outro inevitável sucesso entre as crianças, dá alguns sinais de cansaço para o público adulto indicando novas aventuras no porvir. Dividida em duas partes, a trama leva sua mensagem mais importante logo de início e o típico e comovente salvamento heroico à lá “Até o Último Homem” no final. Andy, já adulto, doou todos os seus brinquedos a uma menininha de 3 anos, algo ainda muito sofisticado para ela. Em seu primeiro dia de aula, Bonnie sente na pele o terror de ficar algumas horas longe dos pais ao lado de pessoas estranhas mesmo que elas tenham a mesma idade. Solidão que a faz distrair-se com um pequeno garfinho de plástico animado por uma face improvisada, transformando-se em seu melhor amigo, análogo à bola Wilson do “Náufrago”. No entanto, o complexo de vira-lata da recém-nascida criaturinha “descartável” acaba causando muitos problemas a Woody em uma longínqua loja de antiguidades onde o caubói reencontra seu antigo amor de 9 anos atrás.   Toy Story 4. Direção: Josh Cooley. Animação. (EUA, 2019; 100 min). Livre   Nota: 3,5     A princesa e o plebeu   O “Casal improvável” de protagonistas e produtores do longa explora muito bem a imagem antagônica que construíram como atores ao longo da carreira de musa fina e elegante e gordinho “porra-louca” carismático. Na trama, a estonteante Secretária de Estado e futura candidata à presidência Charlotte Field (Charlize Theron), se encontra casualmente com o desleixado jornalista investigativo Fred Flarsky (Seth Rogen), recém desempregado ao descobrir que o site para o qual trabalha foi vendido para um grande conglomerado de mídia, liderado por Parker Wembley (Andy Serkis). Ao reconhecer o amigo de infância, a notória executiva resolve contratá-lo como assessor parlamentar. O típico caso dos apostos que se atraem, já que ela vive cansada do seu cotidiano superficial e limitado a protocolos e aparências comparado a vida da futura princesa britânica Kate Middleton. E ele, ao contrario, busca desbravar este aparente reino encantado como um jornalista dedicado e ativista ambiental extremamente justo, equilibrando a cabeça nas nuvens e os pés no chão.   Casal improvável. Direção: Jonathan Levine. Comédia (Long shot, EUA, 2019, 98 min).16 anos.   Nota: 3,5   Espírito Jovem   Violet (Elle Fanning) é uma garota adolescente que sonha em ser popstar e escapar no vilarejo rural onde mora junto da mãe desajustada. Quando o concurso Teen Spirit passa por sua cidade, ela decide se arriscar, entre centenas de garotas. Aos poucos, Violet recebe a ajuda de Vlad (Zlatko Buric), cantor de ópera bósnio e decadente, e começa a superar as etapas do concurso. Mas conforme a fama se aproxima, a garota deve pensar suas prioridades e enfrentar os perigos da fama.   Espírito Jovem. Direção: Max Minghella. Musical. (Teen spirit, Inglaterra, EUA, 2019.90 min). 12 anos.   Nota: 3,5   O que falta às pessoas não é força, e sim, vontade. (Victor Hugo)   A tecnologia (internet) não humaniza a humanidade, apenas dificulta a ocultação da verdade. O mais difícil, no entanto, é ter força de vontade para dar o primeiro passo. Alexandre (Melvil Poupaud) é um católico fervoroso pai de família de 40 anos e 5 filhos que resolveu denunciar o padre da sua diocese por ter abusado dele sexualmente quando criança. Isso motivou a dezenas de outras vítimas gerando importantes matérias jornalísticas e a criação de uma competente associação. Graças a Deus, baseado em fatos reais, será visto por milhões de pessoas levando outras milhões a tomar coragem e denunciar padres pedófilos e bispos coniventes, independente de religião.   Graças a Deus. Direção: François Ozon. Drama. (Grâce à Dieu, França, Bélgica, 2019,137 min).14 anos.   Nota: 3,5  


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