05/06/2023 às 11h00min - Atualizada em 05/07/2023 às 00h00min

Mastite bovina causa prejuízo anual de até 1,75 bilhão de litros de leite no Brasil

Doença é responsável por 70% das perdas totais em gados leiteiros; cada vaca infectada pode deixar de produzir até 3 litros por dia

SALA DA NOTÍCIA Fábio Palaveri - Milagre do Verbo Comunicação e Marketing Digital
            Caracterizada como uma doença inflamatória que afeta as glândulas mamárias do gado leiteiro, a mastite bovina causa um prejuízo anual de até 1,75 bilhão de litros de leite no Brasil. Pesadelo dos pecuaristas, ela também é responsável por 70% das perdas totais, uma vez que a progressão da condição pode levar os bovinos à morte natural ou à necessidade de sacrifício. Os dados são de uma pesquisa publicada pela UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) em 2022.

            Atualmente, o Brasil é o 6º maior produtor mundial de leite, com, aproximadamente, 35 bilhões de litros anuais. Os prejuízos financeiros decorrentes da doença têm forte impacto na economia do país, comprometendo o mercado (inter)nacional. Segundo a Embrapa Gado de Leite, vacas infectadas com mastite podem deixar de produzir até três litros por dia. Este número pode chegar a um déficit de impressionantes 1.095 litros ao ano por animal.

            “A mastite bovina é causada, principalmente, por bactérias patogênicas intramamárias. Há dois tipos da doença, a clínica e a subclínica. A primeira é quando conseguimos observar alterações no leite e no próprio animal, como edemas, febre, diminuição do apetite, dor e endurecimento das mamas, pus, sangue ou outras alterações no líquido. Já a outra se apresenta como silenciosa, não sendo detectada a olho nu, somente por testes de controle de qualidade”, afirma o médico veterinário Marcos Ferreira, gerente de Produto Pecuária da Ucbvet Saúde Animal.

            O exame mais usado para o diagnóstico da mastite subclínica é feito via instrumentos que mostram os valores da CCS (Contagem de Células Somáticas). Números acima de 200 mil células/ml indicam que a saúde da mama do animal está comprometida. Há, também, o exame CMT (California Mastitis Test), que consiste na reação entre a mistura de uma amostra de leite e um reagente químico. Assim, em caso da formação de um gel, o resultado é positivo.

Prevenção e tratamento

            A prevenção envolve medidas como a adoção de boas práticas de manejo, como a higiene adequada do úbere (mama) antes da ordenha e a manutenção de ambientes limpos e secos. A detecção precoce é fundamental, uma vez que casos mais graves e infecções generalizadas podem levar à morte do animal. Além disso, exames regulares de contagem de células somáticas e bacterianas podem ser realizados para identificar as vacas infectadas e implementar medidas de controle.

            Manter o equipamento de ordenha calibrado é, também, uma forma eficaz de prevenção. O uso adequado dessas ferramentas evita lesões nas tetas em função do excesso de vácuo ou permanência de resíduos de leite logo após a ordenha. Outra forma de tratamento é o uso de antibióticos prescritos por um médico veterinário. O Mastigen VL, por exemplo, é o único antimicrobiano intramamário com base em marbofloxacina do mundo. A fórmula do produto, desenvolvido pela Ucbvet, inibe o DNA bacteriano, bloqueando a proliferação e eliminando enzimas bacterianas causadoras da doença.

            “Quando pensamos em saúde animal, não basta se atentar somente aquilo que é visível aos olhos. É fundamental que o espaço de ordenha esteja limpo e higienizado e que haja profissionais especializados para identificar bovinos com sintomas da mastite. Porém, não adianta tratar de forma medicamentosa o problema se o antibiótico usado causará outras dores de cabeça. A classe de antibióticos fluoroquinolonas, presente na composição do Mastigen VL, não age sobre as enzimas do DNA dos mamíferos, garantindo baixa toxicidade nessas espécies. Além de restaurar a saúde, o baixo período de descarte do produto permite rápido retorno do leite no tanque, garantindo mais lucro ao produtor”, conclui Ferreira.

Megaleite 2023

            Responsável pela maior exposição pecuária leiteira da América Latina, a Megaleite acontecerá entre os dias 7 e 10 de junho de 2023. A 18ª edição do evento será sediada no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG). No ano passado, a feira contou com 1.300 animais inscritos e teve cerca de R$ 200 milhões de faturamento. Ela é organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Girolando. Parceira da associação desde 2019, a Ucbvet Saúde Animal participará da feira pelo 5° ano consecutivo, com destaque na apresentação dos antimicrobianos bovinos Mastigen VL e Vilocci, além do suplemento Bezeguard que reforça a imunidade dos bezerros já no primeiro dia do nascimento.

Ucbvet Saúde Animal


            Referência na produção e na distribuição de medicamentos veterinários e pioneira no mercado de seu setor, a Ucbvet Saúde Animal nasceu, em 1917, na cidade de Jaboticabal, interior de São Paulo, região conhecida como a Alta Mogiana Paulista e “berço de ouro” do agronegócio nacional. Desde então, vem construindo sua história através da entrega de soluções e resultados para o bem-estar e a saúde dos animais. São mais de 100 anos criando um futuro mais saudável para aves, bovinos, caprinos, equinos, ovinos, suínos, cães e gatos.

 
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