Michelle Palermi é mãe, jornalista e instrutora de Yoga. Apaixonada por comunicação, já atuou em grandes empresas, desenvolvendo conteúdos e assessoria de imprensa. O gerenciamento de crises e o ensino na gestão das emoções estão presentes em mais de 10 anos de atuação intensa no mercado. Atualmente, deseja entregar toda essa experiência aliada ao que mais ama: o desenvolvimento humano. Inspirada no poema épico Bhagavad Gita, a autora lança seu livro Guerra Interior - Jornada do Autoconhecimento, onde retrata a descoberta pessoal no mundo da sabedoria milenar do Yoga e como os exercícios podem ser aplicados de forma descomplicada para todos.
"Não existe nenhuma batalha de poder que possa ser vencida, sem antes o guerreiro vencer as suas batalhas internas. Bhagavad Gita fala justamente dessas batalhas. Antigamente o povo lutava bravamente por seus ideais, a guerra era símbolo de dignidade e honra. Com o tempo vimos que as guerras não eram mais necessárias, apesar de alguns levarem a ferro e fogo até hoje. Mas o Gita nos ensina muito mais do que se pode ler, são ensinamentos milenares, que não importa qual seja a época, continua se encaixando perfeitamente.", explica em trecho retirado da obra.
No Bhagavad Gita existe toda uma história anterior sobre lutas de poder e castas. Para o povo dessa época, as batalhas são um atrito necessário no processo evolutivo e de superação da humanidade. Tem algumas batalhas das quais não temos como fugir (assim como na vida), usando a linguagem do Yoga podemos chamar isso de Dharma (aquilo que mesmo não querendo, sei que é o correto a se fazer, faz parte do meu destino, daquilo que eu vim para fazer e é o ético e correto para o mundo). Em resumo, na história do Bhagavad Gita, dois exércitos entram em guerra, entre irmãos que brigam pelo poder de uma cidade.
Um irmão é Dhritarashtra (filho cego e primogênito de Krishna Dwaipayana, que tinha ganância e sede de poder — exército de Kauravas). Outro irmão é Pandu (pai de Arjuna e mais quatro filhos, considerado alma nobre e boa — exército de Pândavas). O filho de Pandu, Arjuna, foi o responsável por comandar o exército do pai sob os olhos de Krishna (um “tio” sábio, quase um Deus). Ao se encontrar no campo de batalha, diante do exército inimigo, Arjuna se vê em conflito, afinal ele terá que lutar com pessoas da própria família. Então ele para a guerra e, em meio ao campo de batalha, pergunta ao Krishna: “Devo seguir essa guerra? Que sentido faz eu matar essas pessoas por poder, matar amigos e conhecidos?” Krishna então o aconselha a lutar, pois aquilo seria o Dharma dele, e lutar faz parte da evolução, é uma guerra necessária.
"Os personagens do poema épico representam figuras presentes no nosso cotidiano e a grande batalha é travada internamente, é a nossa Guerra Interior. Temos que trabalhar o autoconhecimento e entender o que funciona em nossas vidas. Nossa vida é feita de escolhas e pequenas batalhas que travamos diariamente.", comenta a autora.
O livro também faz referência à música Gita, interpretada por Raul Seixas. A composição, em parceria com o renomado escritor Paulo Coelho, é inspirada também no poema Bhagavad Gita. "Eu sou o INÍCIO, O FIM E O MEIO".
"Nunca saberemos onde está o INÍCIO, o FIM e o MEIO de nossas histórias. Porque o único tempo que existe é o AGORA!", conclui.
A obra foi publicada pela Haikai Editora e pode ser encontrada em diversos canais. Acompanhe mais detalhes através das redes sociais da autora: @michellepalermi