10/05/2019 às 15h39min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h49min

Linha 17 – Ouro do Metrô, um ‘sonho’ distante

Após suspender a construção de cerca de 10 estações, o Metrô vai priorizar a conclusão da parte da obra que já está em desenvolvimento. As obras da Linha 17 – Ouro estão em andamento com a construção das 8 estações do trecho prioritário que compreende 7,7 km de vias ligando o aeroporto de Congonhas à Linha 9 – Esmeralda da CPTM (Estação Morumbi), integrando com a Linha 5 – Lilás (Estação Campo Belo). Em 2016, o cronograma de entrega do monotrilho foi alterado após o abandono das obras pelas empreiteiras responsáveis por construir três estações e o pátio de trens, obrigando a contratação de novas empresas para continuar os trabalhos. Agora, em abril de 2019, o Metrô iniciou um processo de rescisão do contrato com o Consórcio Monotrilho Integração (formado pelas empresas CR Almeida, Andrade Gutierrez e Scomi) em função dos constantes atrasos e redução do ritmo das obras civis da via, implantação do sistema de sinalização e fornecimento de trens. A Companhia adotará todas as medidas legais para retomar os trabalhos e garantir que a linha seja concluída o mais breve possível e disponibilizada ao público. Quando prontas, as oito estações - Jardim Aeroporto, Aeroporto de Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi (CPTM) – deverão receber 184 mil pessoas diariamente. O orçamento previsto para esse trecho é de R$ 3,7 bi e os primeiros trens devem circular brevemente em caráter de operação assistida, apenas em uma parte do dia. O “sonho” da interminável Linha 17 A Linha 17 – Ouro é um ramal perimetral em forma de monotrilho que está sendo construído vagarosamente desde antes de abril de 2012. Até este ano, a obra estava com os consórcios Monotrilho Integração (vias e material rodante), Monotrilho Pátio (pátio de trens), Monotrilho Estações (estações Morumbi, Chucri Zaidan, Vila Cordeiro e Campo Belo) e Tiisa-DP Barros (estações Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista e Vereador José Diniz). A construção, além de abandono de empresas responsáveis pela obra, esbarrou também em desapropriações problemáticas (entre elas, parte do Cemitério do Morumbi e Paraisópolis). Corrupção e força política A Linha 17 – Ouro completa, de acordo com o projeto original, deveria ter 17,7 quilômetros de extensão e 18 estações quando concluída. Mas isto foi um “sonho” que surgiu com a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, quando foi ventilada a reforma do Estádio do Morumbi, com a abertura do campeonato, que “perdeu a vez ‘politicamente” para a sede do “Itaquerão”, que teve a sua construção recorde no suposto ‘esquema’ de corrupção da Construtora Odebrecht, poder público e outras empresas envolvidas que hoje são processadas na Operação Lava Jato. Unir extremos, passando por Congonhas Atualmente, está em obras atrasadíssimas apenas a fase 1, que vai da estação Morumbi (ligada à Linha 9 – Esmeralda) ao Aeroporto de Congonhas. A ideia era unir os extremos da cidade, saindo de Jabaquara até o Morumbi e interligando com estações da CPTM. Porém, o projeto foi dividido em partes e a população não tem esperança em sua continuidade e término. Linha 15 O Governador João Doria e o Secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, vistoriaram no último dia 22 a futura Estação São Mateus, da Linha 15 – Prata do Monotrilho. A visita técnica marcou a retomada das obras para conclusão de quatro estações: Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, que devem ser entregues até o fim deste ano. Com essa etapa concluída, a Linha vai atender em torno de 350 mil passageiros por dia útil, em 13 km de extensão e dez estações.


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