O trabalho desenvolvido pela Prefeitura procura diminuir os problemas enfrentados com a dengue. Os índices da doença na cidade são melhores quando comparamos com os dados do Estado de São Paulo e do país. Porém, dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam para mais de 500 casos nos dois primeiros meses do ano. Segundo matéria do Agora São Paulo, no mesmo período do ano passado foram registrados apenas 170 pacientes. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos de dengue no estado de São Paulo teve aumento de 2.124% em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 16 de março deste ano, o estado notificou 83.045 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram 3.734 casos. A incidência no estado é de 182,4 casos/100 mil habitantes. São Paulo registrou 31 óbitos em decorrência da doença neste ano. Luta O coeficiente estadual é de 179,6 casos de dengue para cada cem mil habitantes, uma taxa seis vezes maior do que a registrada na cidade de São Paulo, que é de 26,8 casos por 100 mil habitantes. Em números absolutos a cidade teve 3.164 casos confirmados contra 81.772 em todo o estado de São Paulo – números atualizados até meados de abril. No Brasil, o registro mais recente é de 16 de março, quando contava 229.064 mil casos, e coeficiente de 109,9. O volume das chuvas neste verão foi o segundo maior da história, com índice de 894 mm. A grande extensão urbana reduz a permeabilidade do solo e provoca a formação de água empossada. Com tantas condições favoráveis à transmissão da dengue seria natural esperar uma alta incidência na capital este ano, em comparação com o Estado e o País, mas os números mostram exatamente o contrário. Depois das epidemias de 2015 e 2016 e da retração nos dois anos seguintes, as características já apontavam para um aumento no número de casos de dengue em 2019. Isso motivou a Secretaria Municipal da Saúde a antecipar as ações de controle. O Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses foi lançado em novembro de 2018, com uma ampla articulação entre as áreas de Atenção Básica e Coordenadoria de Vigilância em Saúde. O planejamento incluía ações de controle de vetores e intensificação das inspeções realizadas por agentes de saúde em áreas que abrigam criadouros do mosquito e um foco muito grande em ações de conscientização. Para isso, foram capacitados mais de 11 mil agentes de saúde, de combate a endemias e de proteção ambiental. Mais 830 mil domicílios foram visitados e os moradores receberam as orientações necessárias para o combate aos criadouros. As equipes de Saúde da Família também mobilizaram as comunidades em ações de conscientização compartilhando as orientações. Até usando diversas estratégias como paródias de Funk para alertar a população de comunidades como a de Heliópolis sobre a Dengue. Foram promovidos dois Dias D contra as Arboviroses, em 24/11 do ano passado e 2/2 de 2019, além de uma grande mobilização, específica contra a dengue, no último dia 13 de abril. Com a chegada dos meses mais frios é esperada uma redução no número de casos e consequentemente uma queda também no nível de atenção da população em relação às medidas de controle. A Secretaria Municipal da Saúde continuará mobilizada mesmo no inverno e alerta que o nível de consciência (conscientização) precisa se manter elevado para o final deste ano e início de 2020 que ainda estarão no ciclo de alta da dengue. Controle do mosquito É extremamente importante que a população esteja atenta para o controle do mosquito transmissor da doença.
