06/04/2023 às 16h13min - Atualizada em 09/04/2023 às 00h00min
EDUCAÇÃO POSITIVA É OPÇÃO PARA PAIS QUE DESEJAM DIMINUIR TRAUMAS DA INFÂNCIA
Pais que impedem a expressão natural das crianças causam insegurança, aumenta o estresse e impede uma conexão mais profunda com os filhos, diz neurociência
SALA DA NOTÍCIA Karina Vieira Souza Alves Sant'Ana
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Karina Sant'Ana e arquivo pessoal das fontes Mariana Moura e Carolina Sasso Também conhecida como disciplina positiva, essa maneira de educar as crianças têm chamado a atenção de alguns pais brasileiros, por se tratar de uma abordagem menos agressiva, que prioriza o respeito e a dignidade do indivíduo. Mas menos agressiva, comparado a quê? A educação permissiva, baseada na superproteção. Na qual, os pais orbitam sobre a criança e assumem todo o controle, fazendo por elas o que elas deviam fazer sozinhas para se desenvolverem naturalmente. “Eu considero o excesso de proteção na educação dos filhos quando os pais não permitem que a criança faça as tarefas básicas. Isso é percebido no cotidiano, pois há situações de crianças que não podem nem colocar a comida no prato, ou crianças que demoram a desenvolver a habilidade de comer sozinhas porque os pais impedem” Avalia Ana Paula Soero, neuro psicoeducadora. Maus-tratos x Superproteção Essas palavras podem ter significados antagônicos, mas conceitualmente provocam consequências semelhantes. Em geral, quando se pensa em maus-tratos imagina-se surras, gritos, xingamentos à criança ou jovem. Já ao pensar em superproteção, o cenário que vem à mente é excesso de cuidado com o ‘objeto de valor’. Entretanto, filho(a) não é um objeto valioso é muito mais do que isso, é um ser humano. A psicóloga Carolina Sasso explica como os adultos de hoje têm visto o papel dos filhos em suas vidas: “Hoje em dia, os filhos eles ganharam uma grande importância na sociedade, nas famílias, como se também os filhos fossem é… Um grande bem, um resultado. Porque os pais optam pela superproteção? “Há um tempo atrás, houve um lugar da infância. As pessoas começaram a denominar, a conceituar a infância. E com isso, começaram a afirmar mais os direitos da criança e alguns deveres. Alguns deles são: a criança ser amada, ser protegida e ela poder estudar, ter esse tempo de estudo e não mais de já ir pro trabalho. E, por isso, muitos pais superprotegem. A supervalorização dos pequenos leva a uma geração de filhos que ficam o inverso disso. Então, ao invés deles se sentirem muito protegidos e avançarem na vida. Ao contrário, eles vão estar sempre em busca de alguém que os protejam.” Afirma a psicóloga Carolina Sasso. Um estudo feito em 2021 pelo Centro de Pesquisa Biomédica em Rede de Saúde Mental (CIBERSAM) constatou que 35% dos transtornos mentais diagnosticados na fase adulta são por traumas gerados na primeira infância (0-7 anos) Uma forma mais sutil de maus-tratos que é pouco falada, é a superproteção que alguns pais oferecem aos seus filhos para poupá-los de frustrações. Ana Paula Soero que, também, trabalha na rede de educação infantil e identifica que a superproteção dos pais se deve pela falta de paciência em deixar a criança ‘se virar’ sozinha. “Vai fazer sujeira muitas vezes, vai. Vai ter dificuldades, vai cair, pode machucar às vezes, mas faz parte do desenvolvimento da criança.” Constata.
Deixo, anexo, pauta, fotos e texto matéria. Havendo interesse do veículo, disponibilizo vídeos gravados de entrevistas com as fontes e sonoras.
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