05/04/2019 às 13h34min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h52min

Estreias do Cinema - 05/04/2019

Shazam! - Um super-herói criança no corpo de um adulto   Adaptação quase idêntica à reformulação do personagem da HQ “Novos 52”  dando-lhe poderes mágicos notórios. O contraste entre a perfeição física e a imaturidade emocional foi muito bem explorado em um tom cômico acertado, a ponto de quase quebrar a quarta parede em vários momentos. Evidente homenagem aos clássicos oitentistas de John Hughes, a comédia estrelada por Tom Hanks “Quero ser Grande” e a série “Super Herói Americano”. Na trama, o adolescente rebelde Billy Batson (Asher Angel) é finalmente adotado em um lar de crianças órfãs. Sua difícil relação com a nova família, em oposição à pureza da irmã caçula Darla (Faithe Herman) e a sintonia, mesmo que tardia com o irmão com deficiência (Jack Dylan Grazer), é a melhor coisa do filme. Seu péssimo comportamento inicial simboliza nossos instintos animais aflorados, enquanto o vigor físico de Shazam(Zachary Levi) representa a expansão máxima da partícula Divina latente dentro de nós – como uma borboleta encarcerada em seu casulo. O arqui-inimigo “possuído” Doutor Silvana (Mark Strong) representa a nossa luta interna contra os sete pecados capitais. Quatro deles pertencem ao corpo (luxúria, gula, avareza e preguiça) e três ao espírito (soberba, ira, inveja). Humildade é a virtude em contrapartida à soberba, a generosidade em oposição à avareza, a castidade à luxúria, a paciência à ira, a temperança à gula, a caridade à inveja e a diligência à preguiça. Shazam! Direção: David F. Sandberg. Comédia. (EUA, 2019, 132min). 12 anos. Nota: 4,0.   Sororidade entre duas rainhas de coração valente liderando a guerra dos sexos renascentista Católica de nascença, Mary Stuart  (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, a reinar na França católica. Em 1561, aos 18 anos, fica viúva, desafia a pressão para que se case novamente e, em vez disso, retorna à Escócia governada em sua ausência pelo meio-irmão Moray (James McArdle),na tentativa de derrubar a prima Elizabeth I (Margot Robbie), rainha da Inglaterra. Lá, o poderoso John Knox (David Tennant) lidera os protestantes e acredita que uma mulher monarca é contra a natureza e a vontade de Deus. Mary afronta seus conselheiros da corte e o desejo da Inglaterra, casando e gerando um herdeiro para os dois reinos e a possibilidade de aliança e paz. Duas mulheres que entendiam, cativavam e desafiavam uma à outra, obrigadas a fazer contrastantes sacrifícios em um mundo dominado por homens, e a pagar o preço pelo poder. Mary provou que governar com amor e atos de gentileza geram gentileza e desconstroem a  maldade. Raríssimo ver o sorriso largo da tímida e retraída Saoirse em oposição ao olhar periférico e imponente da sempre sorridente “Arlequina” Margot. Duas Rainhas. Direção: Josie Rourke. Drama. (Mary Queen of Scots, Inglaterra/EUA, 2018, 124min). 16 anos. Nota: 3,0 Mussum – Um Filme do Cacildis Muçum – peixe-cobra ou enguia-d'água-doce encontrado em rios, lagoas e açudes da América do Sul –,significa escorregadio. Por isso, Grande Otelo achava que o apelido Carlinhos era inapropriado ao líder de “Os Originais do Samba” , um dos maiores grupos de samba dos últimos tempos, parceiros de longa data de Jair Rodrigues. O documentário mescla em duas partes sua carreira de cantor e humorista com entrevistas formais e atuações cômicas, confundindo a vida familiar com personagem de “Os Trapalhões”. Depoimentos de Didi, Dedé e os filhos confirmam que Mussum nunca se atrasou a um compromisso, tampouco chegou bêbado em casa. Mussum – Um Filme do Cacildis. Direção: Susanna Lira. Documentário. (Brasil, 2019, 75min). 10 anos. Nota: 3,0   Charles Darwin à brasileira “Bio” é a história de um homem que viveu 111 anos, de 1959 a 2070, teve quatro famílias e fez da Biologia sua razão de ser. Para o diretor Carlos Gerbase, o filme de apenas 600 mil reais investe na capacidade humana de colocar-se no lugar de outra pessoa – de forma coletiva, fragmentária e subjetiva. O espectador é convidado, cena a cena, a reconstruir uma vida ao mesmo tempo comum, já que todos os seres humanos compartilham características físicas e emocionais, e extraordinária por ser ele um pesquisador da natureza biológica da humanidade. O falso documentário fictício baseado em entrevistas é dividido em 13 cenas, cada uma apresentando três personagens diferentes. As relações – familiares, profissionais ou afetivas – entre os 39 personagens vão se estabelecendo aos poucos, à medida que o espectador vê e ouve depoimentos sobre uma mesma pessoa, sob pontos de vista radicalmente diferentes. Ao estilo de Eduardo Coutinho em “Jogo de Cena” e “Amor?”, de João Jardim. Com Marco Ricca, Maitê Proença, Maria Fernanda Cândido, Werner Schünemann e Rosanne Mulholland. Bio — Construindo uma Vida. Direção: Carlos Gerbase. Documentário fictício. (Brasil, 2017, 105min). 14 anos. Nota: 3,0   Inimigo (sutil) do governo e da religião O inimigo número 1 da ditadura totalitária iraniana Jafar Panahi vive novamente a si mesmo conduzindo, em seu carro, uma amiga até uma pequena aldeia ao extremo do país no meio do nada, após receber um vídeo no celular de uma jovem atriz se enforcando em uma caverna. Chegando lá, em vez de responder às perguntas, os sofridos aldeões logo os rodeiam à espera de ajuda, suplementos ou apenas alguém diferente para conversar a fim de quebrar a rotina rupestre . Enquanto em “Taxi Teerã” o diretor-personagem fez uma crítica bem-humorada ao governo através de depoimentos de seus passageiros, aqui ele critica o radical comportamento religioso do povo de Alá que endeusa animais, ignora a ciência e mal conhece a energia elétrica 3 Faces. Direção: Jafar Panahi. Documentário e drama. (Se Rokh, Irã, 2018, 100min). 14 anos. Nota: 4,0   Quando Margot encontra Margot Após se esbarrarem em uma festa, Margot (Sandrine Kiberlain), de 45 anos, e Margot (Agathe Bonitzer), de 20 anos, percebem que são a mesma pessoa, com décadas de diferença. Uma delas passa por momentos da vida que a outra já conhece; logo a mais experiente tenta auxiliar a mais nova a não cometer os mesmos erros desnecessários. Quando Margot Encontra Margot. Direção: Sophie Fillières. Comédia romântica (La Belle et la Belle, França, 2018, 95min). 14 anos. O Tradutor Professor de literatura russa (Rodrigo Santoro) em uma universidade de Havana, é obrigado a trabalhar como tradutor para crianças vítimas do desastre nuclear de Chernobyl quando elas são enviadas até Cuba para tratamento médico O Tradutor. Direção: Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso. Cinebiografia. (Un Traductor, Cuba/Canadá, 2018, 107min). 12 anos.   Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral O exibidor Francisgleydisson (Edmilson Filho) é dono do Cine Holiúdy. Sua vida como empresário não é nada fácil. Mesmo assim ele não desiste do negócio de cinema e segue investindo em sessões de filmes de artes marciais para sustentar a família. Cine Holliúdy 2 – A Chibata Sideral .Direção: Halder Gomes. Comédia (Brasil, 2017, 100min).12 anos.   Ele voltou! Após se ausentar em 2018 devido a um problema no cardíaco, o ex-Mister Olympia, aos 71 anos, volta a São Paulo para promover o maior evento multiesportivo da América Latina. Serão milhares de visitantes interessados em conhecer os melhores produtos de suplementação, alimentação saudável além de moda fitness, equipamentos, acessórios de lutas e fitness. O Arnold Sports Festival South America acontece de 12 a 14 de abril, no Transamérica Expo Center. Além disso, “O Exterminador” Arnold Schwarzenegger irá percorrer as principais ruas e avenidas da capital paulistana de bicicleta .Em 2017, ele pedalou por cerca de 1h15min. Saiu do hotel e seguiu em direção à Ponte Estaiada, passou por baixo da Ponte e entrou na ciclovia da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Seguiu pela rua Funchal e chegou ao Parque do Povo. Depois de andar pelo Parque, fez o caminho de retorno em direção ao hotel, que fica entre a Berrini e a Marginal Pinheiros. Foto - Arnold pedala na ciclofaixa. Crédito Rodigo Dod Savage  
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