29/03/2019 às 15h33min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h52min

Monotrilhos ainda não funcionam

O monotrilho deveria auxiliar a mobilidade da cidade. Porém, com as obras atrasadas, apenas são um esqueleto do que deveriam ser. O Governo anunciou a quebra de contrato com o consórcio responsável pela Linha 17 – Ouro. Enquanto isso, a Viamobilidade venceu a licitação para a Linha 15 – Prata. Contratos já foram rompidos, obras paradas e retomadas e a Linha 17 – Ouro do Metrô ainda não foi entregue à população. O monotrilho tinha entrega prevista inicialmente para a Copa do Mundo no Brasil (2014). Segundo o Metrô, todos os projetos existentes no Metrô, CPTM e EMTU estão sendo reavaliados e serão apresentados ao Governo do Estado em um plano de investimentos para a mobilidade urbana para os próximos 45 meses. Após a apresentação, eles serão hierarquizados para que sejam definidas as questões técnico-financeiras relativas a cada um deles. A finalidade é promover uma expansão significativa do transporte de massa para a população do Estado de São Paulo, seja com recursos próprios ou em parceria com a iniciativa privada. Nesse contexto situa-se o cronograma da Linha 17 – Ouro, afirmam, em nota. Já a conclusão da Linha 15 – Prata está prevista para este ano. Hoje, a linha opera de Vila Prudente até Vila União, em trecho de 7,8 km e seis estações. O Metrô já realizou a licitação da empresa que vai retomar as obras de outras quatro estações (Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus). A conclusão deste trecho totalizará 13,3 km e 10 estações, em 2019. Em 2021 acontece a conclusão da obra da estação Jardim Colonial, perfazendo 15,3 km e 11 estações. Segundo o Metrô, o Consórcio ViaMobilidade - Linha 15, formado pela CCR e pela RuasInvest Participações, venceu a licitação de concessão da linha 15-Prata de monotrilho no leilão realizado na tarde desta segunda-feira na sede da B3 (antiga BM&FBovespa). O grupo ofertou o lance de R$ 160 milhões, o que representa ágio de 0,59% sobre o valor de outorga mínimo atualizado de R$ 159 milhões, conforme definido no edital. A operação e manutenção da Linha 15 – Prata, atualmente administrada pelo Metrô de São Paulo, serão concedidas ao grupo pelo período de 20 anos. O valor do contrato é estimado em R$ 4,7 bilhões, o que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações. Ao longo de todo o prazo da concessão, o concessionário deve investir R$ 345 milhões no ramal. O trecho a ser concedido terá 11 estações de Vila Prudente a Jardim Colonial: Vila Prudente, Oratório, São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta, São Mateus e Jardim Colonial. A concessão está dividida em duas fases, sendo a primeira de Vila Planalto a São Mateus e a segunda até Jardim Colonial, cuja previsão de operação está programada para o segundo semestre de 2021. No total serão mais de 15 km de vias elevadas e áreas reurbanizadas com implantação de ciclovia e vegetação sob a estrutura elevada do monotrilho, inclusive sob as estações, localizada nos canteiros centrais. Linha 15 – Prata Com tecnologia de monotrilho, a Linha 15 – Prata iniciou sua operação em agosto de 2014 entre as estações Vila Prudente e Oratório, com 2,9 km de extensão, contando com o pátio de manutenção e estacionamento de trens. Em abril do ano passado, foram entregues as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União em mais 5,5 quilômetros de trilhos. Está prevista até o final deste ano a entrega das demais estações, cujas obras complementares estão em fase final de contratação. Ao todo, o Governo do Estado investe R$ 5,2 bilhões na construção do ramal. O ativo investido na implantação da linha e na aquisição de trens não está incluso na concessão. A demanda estimada para a linha completa é de 405 a 460 mil passageiros por dia, fazendo interligação com a rede metroferroviária pela Linha 2 – Verde do Metrô, na estação Vila Prudente, e com três terminais integrados de ônibus, Vila Prudente, Sapopemba (da SPTrans) e o terminal São Mateus do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus/Jabaquara), gerenciado pela EMTU/SP. Linha 17 A Linha 17 – Ouro é um ramal perimetral em forma de monotrilho que está sendo construído desde abril de 2012 pelos consórcios Monotrilho Integração (vias e material rodante), Monotrilho Pátio (pátio de trens), Monotrilho Estações (estações Morumbi, Chucri Zaidan, Vila Cordeiro e Campo Belo) e Tiisa-DP Barros (estações Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista e Vereador José Diniz). Os primeiros trens vão circular em caráter de operação assistida, apenas em uma parte do dia. A Linha 17 – Ouro deverá ter 17,7 quilômetros de extensão e 18 estações quando concluída. Atualmente, está em obras apenas a fase 1, que vai da estação Morumbi (ligada à Linha 9 –Esmeralda) ao Aeroporto de Congonhas. O projeto original estabelecia um trajeto maior para a Linha 17. A ideia era unir os extremos da cidade, saindo de Jabaquara até o Morumbi e interligando com estações da CPTM. Porém, o projeto foi dividido em partes. Quando estiver pronta e em operação, a linha partirá da Estação Morumbi, passando pelas estações Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo, Vereador José Diniz, Brooklin Paulista e Jardim Aeroporto, e chegará à Estação Congonhas, com uma demanda de 185 mil passageiros por dia, sendo a primeira linha de Metrô a dar acesso ao aeroporto.


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