03/03/2022 às 23h18min - Atualizada em 03/03/2022 às 23h18min

​Pernilongos continuam atormentando a região

Desde a primavera, a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais vem destacando depoimentos sobre a infestação de pernilongos na região. A Prefeitura afirma estar com ações para amenizar o problema. Porém, a população ainda aponta a presença dos mosquitos, que podem, inclusive, trazer doenças.
O pernilongo doméstico é o único mosquito que sobrevive às condições extremamente poluídas do rio, não tendo nem predadores nem competidores. Ali ele é o “rei” e prolifera sem dificuldade, inclusive com fontes de sangue abundantes nas margens (roedores) e áreas no entorno do rio (humanos, roedores, cachorros etc).

Especialista explica a infestação constante
A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais entrevistou a professora  Maria Anice Mureb Sallum, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a especialista, Por causa da falta de saneamento ambiental, especialmente pelo fato de o Rio Pinheiros receber elevada quantidade de esgoto in natura e ter sido transformado em “lagoa de estabilização”. As margens são sujas, com plantas que facilitam o desenvolvimento das fases iniciais de vida do pernilongo doméstico e oferecem abrigo aos adultos, machos e fêmeas.

Medidas não são adotadas
Maria Anice ainda afirmou, que muitas medidas deveriam ser adotadas pelos governantes, mas não o são ou são inadequadas e descontinuadas. Por exemplo, seria tarefa dos governantes a adoção de amplas medidas de saneamento ambiental que permitissem a eliminação dos habitats das fases iniciais de vida do mosquito, ou seja, água acumulada em recipientes e rios, riachos, lagos poluídos por esgoto doméstico e industrial. Obviamente, a população deveria colaborar, não jogando lixo em bueiros, nas ruas, nos rios, no ambiente em geral e cuidando de suas residências, evitando que as calhas acumulem água e o revestimento fique quebrado de maneira a permitir a formação de pequenas poças, além de limpar os ralos, descartar o lixo em locais adequados etc. Ou seja, mosquito é problema ambiental e, portanto, medidas de saneamento devem ser adotadas para eliminá-los ou mantê-los em baixa densidade.

Reclamações aumentam
As reclamações foram tantas que, ao final do ano passado, a Prefeitura implementou ações de combate intensificadas. Entretanto, depoimentos continuaram a retificar a presença dos insetos na região. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que as ações contra o Culex, conhecido popularmente como pernilongo, são realizadas quinzenalmente ao longo do Rio Pinheiros e 69 pontos são monitorados no local. Neste mesmo período também é realizado o controle das larvas com uso de larvicida em conjunto com as ações de limpeza realizadas com a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
Além destes pontos, a SMS, por meio das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), monitoram 232 áreas prioritárias periodicamente e realizam o controle larvário. Nestas áreas estão córregos  e piscinões que recebem ações mensalmente.

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