28/10/2021 às 23h28min - Atualizada em 28/10/2021 às 23h28min

​Carnaval de Rua ainda é tema de polêmica

Para o Carnaval de Rua de 2022 são esperadas 15 milhões de pessoas. Região recebe 85% do público. Evento só deve ocorrer dependendo da situação da pandemia. Porém, a população local já demonstra preocupação com a pandemia e a multidão que invade as vias de Pinheiros e Vila Madalena.

Depoimentos de moradores trazem críticas
“Prefeitura de SP abre inscrições de blocos de rua para Carnaval 2022 e lançou em 5 de outubro, um estudo inédito sobre o carnaval de rua na capital e identificou que 85% do público fica concentrado em 10% dos eventos. O prefeito afirmou que o evento não deve ter restrições sanitárias por causa da pandemia e estima que seja o maior já realizado na cidade, com a presença prevista de 15 milhões de pessoas.” Pinheiros Vila.

“Mais dinheiro do contribuinte jogado fora. Pega o dinheiro do carnaval é arruma o Hospital Sorocabano.“ H.P.

“Que horror! Nossa loja durante a pandemia ficou fechada. E no período do Carnaval optamos por fechar também em todos fins de semana. Isso porque só entram pessoas pedindo pra usar WC.” G.M.B.A.

“Que loucura. Lamentável.” B.K.

Região concentra 85% do público
Um estudo inédito sobre a distribuição dos foliões na capital identifica 85% do público fica concentrado em 10% dos eventos, especialmente nas regiões da Sé, Pinheiros, Lapa e Vila Mariana. “O Carnaval de Rua está nas 32 subprefeituras. Embora o grande público esteja concentrado em 75 blocos, toda a cidade é contemplada pelos desfiles oferecendo um carnaval descentralizado e amparado pela infraestrutura da Prefeitura de São Paulo”, explicou secretário das Subprefeituras e coordenador do Carnaval de Rua 2022, Alexandre Modonezi.

Vigilância Sanitária
Para preparar a festa, a administração municipal teve parecer favorável da Vigilância Sanitária com base na atual queda dos números de ocupação dos leitos de UTI, de enfermaria, de óbitos, da ampliação da população vacinada (que já chega a 97,5% dos adolescentes e 82% das pessoas com a imunização completa), além das doses de reforço na capital paulista. Para 2022, a cidade será organizada em polos grandes e médios, além dos caminhos pequenos. Os mesmos percursos programados para os anos de 2019 e 2020 serão mantidos.

Inscrições abertas para blocos de rua
Estão abertas as inscrições para blocos que queiram participar do Carnaval de Rua 2022 em São Paulo. O cadastro pode ser feito pela internet (sp.carnavaisderua.com.br) até o dia 5 de novembro de 2021. A lista final será publicada no Diário Oficial após essa data.
O planejamento do Carnaval 2022 leva em conta a ampliação da população plenamente vacinada em São Paulo e os atuais números de ocupação de leitos de UTI, enfermaria e óbitos, com relação à Covid-19. O evento teve parecer favorável da Vigilância Sanitária, mas somente será realizado se a situação de saúde pública permanecer controlada na época das festividades. Para a seleção, serão priorizados blocos que já participaram de edições anteriores, mas estreantes também podem se inscrever, ocupando as vagas seguintes.
Porém, segundo matéria d’O Estado de São Paulo, há hesitação por parte dos blocos em virtude da falta de parâmetros sanitários definitivos para a definição da realização do evento. Assim, muitos blocos estão estudando se irão inscrever ou não, ou mesmo deixando a possibilidade de cancelamento prévio.

Carnaval depende da pandemia
O secretário Edson Aparecido enfatizou que a realização do carnaval 2022 dependerá da situação da pandemia na cidade e só acontecerá após a autorização da equipe de Atenção Básica da Secretaria. O grupo é composto por sanitaristas, epidemiologistas e infectologistas, que foi responsável pela construção das estratégias de enfrentamento ao coronavírus desde o primeiro diagnóstico na capital. “Em um evento com este tamanho não poderíamos deixar para fazer o planejamento com quatro meses de antecedência. Por isso, seguiremos com o monitoramento em relação aos novos casos, internações, óbitos e outros fatores da Covid-19, que são analisados diariamente pelas equipes de saúde”, destacou o secretário.


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