19/08/2021 às 23h57min - Atualizada em 19/08/2021 às 23h57min

Pancadões incomodam moradores do Butantã

Um dos principais focos de disseminação da Covid-19 é a aglomeração. Isso não vem impedindo que ocorram ‘pancadões´ na região. Segundo relatos, moradores do Jardim Ivana, Bonfiglioli e Rio Pequeno reclamam de barulho constante na Avenida Pujais Sabate e as comunidades do Jaqueline, Paraisópolis e Jardim Colombo continuam realizando bailes funk corriqueiramente. Legislação proíbe som alto. Moradores trazem depoimentos “Hoje (16/8), estou exausta, cansada de chamar polícia todo domingo. Aqui na Avenida Pujais Sabate (entre os bairros do Rio Pequeno, J. Bonfiglioli e J. Ivana) não tem mais jeito. O povo vem dos ‘quintos dos infernos‘ literalmente, infernizar a vida de quem mora aqui. Tenho uma bebê de 2 meses que sofre com esta falta de respeito, este barulho, e ainda estou numa luta contra depressão pós-parto. Tenho 27 anos moro aqui desde que nasci, onde sempre teve respeito. Ai vem este pessoal atormentar nossa vida. Já cansei de fazer B.O., já cansei de mandar para entidades, já cansei de ouvi o comandante. Não adianta nada a polícia, pois ela não vem aqui nesse lugar, e nós sofremos demais com isso. Está complicado. ” J.S.B. “Quando passar a pandemia, meu projeto é pacificar o bairro, criando uma agenda anual de eventos e festas com local apropriado para fazer ‘pancadão’, baile funk, chorinho, música nordestina, rock, etc. Temos o Sambódromo, o Jockey, o Cemucam e casas noturnas. Precisamos acabar com esta luta, está guerra nas nossas ruas, com jovens querendo se divertir e trabalhadores, famílias precisando dormir. Estive em Lisboa e lá estavam brasileiros fazendo uma festa tipo ‘pancadão’ no Porto. Lugar apropriado e com apoio da prefeitura local. Eventos geram emprego e renda. ” A.V.C. “Querer comparar Europa e Portugal ao Brasil. Aí vejo que é o fim dos tempos. Precisa o povo começar a ter o mínimo de censo para um dia tentar chegar perto da realidade europeia. Mas sonhar fica a critério de cada um. Aqui temos que aprender e principalmente na hora de votar...” M.P.P. “Graças ao PT, sim PT que com Haddad na Prefeitura, legalizou essa bagunça. Baile funk é cultura... blá blá..! Na área nobre dele jamais terá um baile desse. Onde está a vereadora do PSOL aqui do bairro? Há...será que ela é a favor dessa cultura dos bailes funks?” F.F.S. “Isto não é questão política, nem bandido de direita ou esquerda. Não estão nem aí com a periferia. Cadê, alguns deles estão se manifestando ou fazendo alguma coisa pelas periferias da cidade? Sinto muito, mas é burrice numa hora desta ficar fazendo marketing político, em favor de seguimento político ‘A’ ou ‘B’. Em quem você votou? O que é que esta pessoa tem feito de relevante para o povo, desde vereador, prefeito deputado ou governador? Enquanto a maioria oprimida continuar elegendo os representantes da minoria opressora, nada vai acontecer de diferente. ” C.A. “As comunidades do bairro do Butantã estão virando antro de perdição. Lamentável e a polícia nem entra nesses lugares. ” F.F.G. “Na Av. Pujais Sabate inteira é impossível passar um domingo dentro de casa. Alguém precisa ajudar os moradores daqui. Isso é um inferno. ” F.O. “Graças à Deus, já tem 3 semanas que aqui no ‘Princesinha’ (Km 15 da Raposo) não fazem mais baile, porque a polícia vem, manda fechar tudo toda sexta e sábado, ficando com base móvel da PM no local. Acredito que ouviram as nossas preces, pois este inferno acontecia há mais de 15 anos. ” L.O. “Aqui no Jardim Arpoador o primeiro comando resolveu...Colocaram faixas de proibido barulho de motos, sons altos e pancadões.” R.R. “As ruas José Joaquim Seabra e Carlos Chambelland são bem tranquilas. Eu já morei aí para baixo e sei o que você está passando. Infelizmente o negócio é mudar, não tem jeito. As autoridades não fazem nada. ” A.O. “Quando ligar para polícia grave a ligação, para abrir reclamação depois, principalmente se for algo recorrente. E produza provas do incômodo, tipo vídeos. ” D.L. “ Está cada vez pior! Uma falta de respeito imensurável. Um som, se é que podemos chamar assim, todos os finais de semana, que dá para ouvir em quilômetros de distância. Butantã está às traças, sem segurança, cercado por pessoas que não estão nem aí para o próximo. Lamentável! A.P.S. “Eu fico no Jardim Esmeralda entre o barulho do ‘Sapé’ e rua 8, com um irmão acamado e meus pais idosos”. L.R.S. “Ontem (15/08) estava na minha sogra, com minha bebê no São Domingos perto da rua 8. Estava também um inferno com motos para tudo que é lado, muito barulho, crianças na rua brincando, correndo risco de serem atingidas. Infelizmente é o que digo para vocês, estamos largados às traças. Já morei lá e o jeito foi se mudar mesmo, para encontrar um pouco de paz. Triste realidade. ” F.T. PM e GCM “A Polícia Militar realiza a Operação “Paz e Proteção” em todo o Estado com objetivo de coibir a formação de ‘pancadões’. Os locais são mapeados e, dentro de critério técnico, as viaturas direcionadas para impedir a instalação da aglomeração. Legislação Uma lei de autoria do então deputado Coronel Camilo, que proíbe a emissão de som alto proveniente de veículos ou equipamentos estacionados em vias públicas, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em 2015, prevê multa de R$ 1 mil ao dono do veículo, valor que pode quadruplicar em caso de reincidência. A lei também estabelece a punição em espaços particulares de acesso ao público, como postos de combustível, áreas livres e estacionamentos. Nos casos de descumprimento à ordem de redução do volume sonoro em que não for possível retirar o aparelho de som sem provocar danos ao veículo ou ao equipamento, o mesmo será apreendido provisoriamente, seguido da emissão do Comprovante de Recolhimento e de Remoção (CRR) pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP).


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