16/07/2021 às 01h27min - Atualizada em 16/07/2021 às 01h27min

A volta dos blockbusters aos cinemas

Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) é descendente dos últimos czares que governaram a Rússia antes do golpe de 1917. Após a trágica morte dos pais, a órfã ainda criança se muda forçadamente para o interior de Ohio, sustentada por uma falsa família de espiões ao estilo da série The Americans. O pai Alexei (David Harbour), sob o codinome Guardião Vermelho, é um frustrado Capitão América soviético, repleto de ideias socialistas defasadas, enquanto a esposa Melina (Rachel Weisz), tornou-se uma brilhante cientista que projetou a nefasta Sala Vermelha em Cuba. No ano de 1996, a ilha comunista transformou-se no novo lar da futura agente da KGB e da irmã postiça ao lado de um subjugado grupo de cobaias femininas experimentais à serviço do estado totalitário. As viúvas negras encarceradas eram todas exploradas, violentadas e castradas a partir de uma lavagem cerebral à base de uma toxina viral desenvolvida em laboratório. Depois da insossa Capitã Marvel, das péssimas Aves de Rapina, e da Mulher Maravilha 1984 não levar a lugar algum, a despretensiosa e sofrida Viúva Negra passa o bastão para a promissora irmã assassina, Yelena Belova (Florence Pugh) que roubou a cena já no primeiro ato. As ótimas coreografias de luta levam à saudáveis discussões à mesa de jantar, lembrando as melhores famílias ocidentais. O novo longa da Marvel Studios, em exibição nos cinemas e no Disney Plus, se passa entre Guerra Civil e Guerra Infinita. Durante a Copa do Mundo do Catar com o Brasil na final, viajantes do tempo invadem aquele campo de futebol, alertando para o fim do mundo em 30 anos. Determinados a evitar o apocalipse, “especialistas” do presente são convocados para salvar o futuro. Entre eles, aparece o veterano da Guerra do Iraque, Dan Forester (Chris Pratt), que comovido se despede da esposa Emmy e da filha Muri, prometendo voltar em uma semana com a missão cumprida. Assim como em Viúva Negra, apesar da ação competente, a relação familiar se destaca somado ao drama da imprevisível viagem no tempo até A Guerra do Amanhã, no Prime Video. Por falar em alien, na continuação do excelente Um Lugar Silencioso, nos é revelado o dia da chegada dos extraterrestres maus. No entanto, apesar do ótimo roteiro, edição e montagem, conduzidos magistralmente pelo diretor-personagem John Krasinski, Um Lugar Silencioso - Parte II (nos cinemas) não apresenta novidade alguma, mantendo, contudo, o mesmo suspense angustiante do primeiro. Do ponto exato onde terminou o anterior, a família Abbott, liderada agora pela viúva Evelyn (Emily Blunt), descobre a localização de um refúgio com a ajuda do vizinho turrão Emmett (Cillian Murphy). Dessa vez os protagonistas são os filhos dela, Reagan (Millicent Simmonds) e Marcus (Noah Jupe), divididos em dois grupos. Os atores mirins fazem bonito, cumprem o papel com louvor. Amor Assombrado, na Netflix, é um filme nacional cheio de surrealidades e muita poesia, dividido entre as infinitas dimensões paralelas e o misterioso e profundo inconsciente coletivo. Na trama, Ana Clara (Vanessa Gerbelli) é uma famosa escritora paranoica em conflito com os personagens dos seus próprios contos, desde a adolescência até a fase adulta. Ana sofre de esquizofrenia, mas possui o dom da mediunidade ostensiva, a fim de conversar com as vitimas fatais de um trágico acidente. A escritora paranormal vive entre a loucura e a realidade, o mundo físico, psicológico e espiritual, impossível de diferenciar. Adaptado do conto de Heloísa Seixas, Pente de Vênus pelo diretor de Nosso Lar, Wagner de Assis que complementa: “O amor é assombrado, mas é surreal, é imaginário, é espiritual, é amor”.


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