Nas rotas de crescimento traçadas pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) para os próximos dez anos, a grande aposta é no uso do óxido de nióbio em baterias de veículos elétricos. Desde 2018, a empresa montou um time dedicado ao desenvolvimento dessa tecnologia e assinou uma parceria com a japonesa Toshiba, que inclui uma planta-piloto e um laboratório em Araxá (MG) . A tecnologia substitui o carbono das baterias por um óxido misto de nióbio e titânio, com ganhos exponenciais de eficiência. “Um veículo elétrico precisa de horas para recarregar a bateria. Com a nova tecnologia, o processo demora seis minutos, e a bateria tem autonomia de 350 quilômetros. Isso vai ser revolucionário”, comenta o vice-presidente da CBMM Ricardo Lima. O primeiro lote com 100 células de baterias foi envido neste mês para montadoras, que vão testar o material. No ano que vem, serão mais 5 mil células para testes nos veículos elétricos. E mais, como parte de sua estratégia de desenvolver tecnologias inovadoras e fomentar novos mercados, a CBMM é parceira cofundadora da Extreme E, saga que estréia neste ano e contará com campeonato de corridas off-road com SUVs elétricos, que tem por objetivo chamar a atenção para os impactos das mudanças em todo o planeta. “Essa iniciativa é um laboratório para desenvolver e testar novas tecnologias”, diz o vice-presidente. A Extreme E ilustra a atuação de CBMM no desenvolvimento de tecnologia de ponta em soluções sustentáveis e de alto empenho. Atual heptacampeão da F1, Lewis Hamilton fundou a equipe X44 para participar da competição. A série passará pelos locais mais remotos do planeta com uma etapa no coração da Floresta Amazônica, em Santarém, no Pará. Também será realizado um projeto focado no legado, visando ações de sustentabilidade junto às comunidades desses locais. O. Donnini, advogado e jornalista
