25/02/2021 às 21h19min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Em tempo de pandemia intervenção do presidente na Petrobras causa pânico no mercado

Mais uma precipitada e irresponsável medida do presidente Jair Bolsonaro causou uma perda de mais de R$ 100 bilhões, parte desse valor já recuperado, no desembarque das ações da Petrobras, devido ao que se denomina intervenção indevida do governo na companhia. Ao invés de se preocupar, como o resto do mundo, com o aumento da pandemia em nosso país, com mais de 250 mil mortes, causou um prejuízo bilionário aos cofres públicos e dos acionistas. Inepto para governar, apesar de ter sucesso com radicais de extrema direita e com os miseráveis beneficiados com o auxílio emergencial, inadvertidamente dispensou o presidente da estatal, quando poderia fazê-lo de maneira gradual, sem afetar de maneira drástica o mercado de capitais. Deve-se registrar que sob a direção do ex-presidente a estatal teve o maior lucro, desde 2008, no quarto trimestre de 2020. Atos impensados e absurdos têm sido a marca de Bolsonaro, que, diante da forte pressão das elites financeiras, com a infeliz intervenção na Petrobras, agora tenta acalmar o mercado, com o início do processo de privatização da Eletrobrás e dos Correios, com atraso de 2 anos. Na avaliação de dirigentes de bancos, as perdas da estatal poderiam superar aquelas provocadas pelo esquema de corrupção na estatal durante os governos Lula e Dilma Rousseff (PT). Eles lembram que, desde que o escândalo revelado pela Lava Jato se tornou público, em 2014, o valor da Petrobras encolheu na Bolsa, que era de cerca de R$ 310 bilhões à época, para algo em torno de R$ 225 bilhões, uma perda de R$ 85 bilhões.O que está em jogo agora é a perda de credibilidade da companhia, apesar da reação no valor de suas ações nos últimos dois dias. O derretimento das ações é mais rápido porque, dizem esses executivos, houve manobra do governo para interferir na política de preços dos combustíveis, o que pode comprometer o resultado da empresa e o retorno para seus investidores. É lamentável assistir à destruição de um projeto que vinha sendo muito bem administrado pelo ex-presidente Roberto Castello Branco. Prejuízo bilionário ao País e aos acionistas. Desgoverno evidente e constante. Esperamos que as privatizações da Eletrobrás e dos Correios se efetivem com a máxima urgência. Chega de intervenção descabida. *Gaston Bonnet, jornalista


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