Embora existam cada vez mais produtos e protagonistas na economia doméstica, brasileiros acima de 60 anos de idade ainda relatam falta de respeito e discriminação em nossa sociedade, conforme indica pesquisa realizada pelo SESC São Paulo e pela Fundação Perseu Abramo. 14 anos depois do primeiro estudo, o novo levantamento, que ouviu mais de 4 mil cidadãos, entre janeiro e março de 2020, mostra alguns avanços e retrocessos nos cuidados e no cumprimento do direito às pessoas mais velhas. É importante ressaltar, com base nessa pesquisa, que metade dos idosos é chefe de família, 84% têm casa própria e uma boa parte continua a trabalhar. Mesmo assim, 8 em cada 10 apontam presença de preconceito contra os idosos e mais 20% não se sentem plenamente acolhidos pela família. Apesar de o índice de violência física ou verbal ter caído entre 2006 e 2020, aumentou a taxa de discriminação nos serviços de saúde. E vale notar que cresceu o percentual de dependentes do SUS. O estudo evidencia que parcela expressiva dos brasileiros encara bem o envelhecimento, ainda que reconheça limitações impostas pelas mudanças tecnológicas, inclusive. O retrato do SESC traz dados relevantes para a formulação de políticas públicas voltadas aos idosos, sobretudo em tempos de maior vulnerabilidade, diante da pandemia. O. Donnini, jornalista e advogado