22/11/2018 às 19h38min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h03min

População alerta para risco de ocupação

O número de frequentadores da minicracolândia no Morumbi tem aumentado. Moradores da região apontam para a ocupação de um terreno na rua José Dias da Costa, onde barracos têm sido erguidos. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informa que, no final de outubro, sete pessoas (de um total de 11) que se encontravam na via aceitaram o atendimento das equipes de abordagem. Todos recusaram acolhimento na rede socioassistencial, porém solicitaram encaminhamentos para retirada e regularização de documentos, bem como o acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Paraisópolis. A SMADS acrescentou que os orientadores socioeducativos do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) Butantã percorrem diariamente nos perímetros do Morumbi, Butantã, Rio Pequeno, Vila Sônia e Raposo Tavares, em todos os turnos, realizando em torno de 500 abordagens por mês. “É importante ressaltar que não é possível obrigar as pessoas a aceitarem os serviços de assistência. O SEAS Butantã, juntamente com a saúde, mantém a vigilância socioassistencial no local, visando a aproximação, construção e fortalecimento de vínculos, atendimentos sociais, orientações e encaminhamentos”, afirmam em nota. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece que uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) da UBS Paraisópolis II acompanha os cerca de cinco usuários que ocupam o local. Cabe ressaltar que em muitas oportunidades estes usuários oferecem resistência à abordagem dos Agentes de Saúde e não aderem ao tratamento indicado pela equipe. Butantã Na Avenida Eliseu de Almeida, ocorreram ocupações em casas particulares. A subprefeitura do Butantã notificou a Polícia Civil. Nestes casos, por se tratar de imóveis particulares é de responsabilidade do proprietário tomar as providências. “Diferente do que aconteceu no Parque Juliana, não teve invasão em espaço público e o que aconteceu foram invasões em casas vazias que são particulares e a Prefeitura não tem o que fazer e neste caso se trata de um caso de polícia”, comentam em nota. O Parque Municipal Juliana de Carvalho Torres está desde o dia 29 de setembro ocupado por cerca de 150 famílias. A área faz parte da segunda fase de revitalização do Parque e possui Projeto Básico para a contratação das obras de implantação, cuja previsão de início é 2019. Assim que o local foi invadido, o Município acionou as famílias a fim de esclarecer que a ocupação não gera prioridade no atendimento habitacional e atrapalha a política de habitação vigente, que prevê a entrega de 25 mil unidades. Desde então, a Prefeitura de São Paulo tentou negociar uma saída voluntária e pacífica do espaço, mas as famílias insistiram na permanência. Desse modo, foi ajuizada ação pelo Município para retomada do espaço. Não foi constatado desmatamento no local. Localizado na Travessa Cachoeira Ariranha, 43, COHAB Raposo Tavares, altura do Km 19,5 da Rodovia Raposo Tavares, tem uma área total de 54.384 m², tendo sido implantado na primeira fase uma área aproximada de 10 mil m². Na ocupação, iniciaram o processo de desmatamento e corte de árvores. Minicracolândias Entre os locais de consumo da droga estão a Avenida Jornalista Roberto Marinho, o entorno da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e os túneis próximos à Avenida Paulista. No centro, a megaoperação realizada junto à Prefeitura de São Paulo completou um ano. Segundo levantamento do Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos), braço da Polícia Civil, este ano, um levantamento apontou que a cidade tem 275 pontos de comercialização de drogas no varejo. Em cada um desses locais foi realizada mais de uma prisão por tráfico, o que confirma a suspeita de que o mercado de entorpecentes esteja em expansão em São Paulo. Nas áreas sob a estrutura do monotrilho da Roberto Marinho é corriqueiro o consumo de crack. Em alguns pontos da avenida, os usuários se instalam em barracas e acendem fogueiras. Investigações do Denarc indicam que o tráfico é comandado de dentro das prisões pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). Neste ano, ação da Polícia Civil resultou em confronto no qual um suspeito morreu. Outro local de uso de crack na cidade é a área entre a Praça Marechal Cordeiro de Farias e a saída do Túnel Noite Ilustrada, na confluência das avenidas Rebouças, Doutor Arnaldo e Paulista. Há pouco mais de cinco anos, o perímetro localizado em uma das regiões mais nobres da cidade se consolidou como novo ponto de consumo da droga. Além das operações da Polícia Civil, ligada ao Governo do Estado, a Prefeitura de São Paulo afirma realizar ações de tratamento dos dependentes em todas as regiões da cidade. O trabalho é feito por meio de programas de redução de danos da Secretaria Municipal de Assistência Social.


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