10/12/2020 às 21h57min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h20min

Lucros de sangue: contrabando em alta

Todas as mercadorias ilegais chegam às nossas mãos tão facilmente, tais como cigarros baratos, petróleo bruto, viagra e bolsas de grife falsas, bem como DVDs piratas. Esses produtos geram dinheiro para bandidos perigosos. As próprias mercadorias ou o lucro de suas vendas passam pelas mãos da máfia russa, do Jihad muçulmano, dos cartéis mexicanos das tríades chinesas, incluindo chefes de Estado da Europa Oriental. E quem está entregando altas somas a todos eles somos nós, consumidores, diz Vanessa Neumann em seu livro Lucros de Sangue (Matrix). Desde as selvas colombianas até os corredores do poder de Washington e de Paris foram rastreadas as alianças cada vez mais fortes entre criminosos, terroristas e o comércio globalizado. A participação dos terroristas tem sido cada vez mais  frequente no negócio, sob forma de transações ilegais e atividades ilícitas. Se antes o dinheiro era usado para financiar a compra de armas, hoje são as armas que protegem a tramitação desses valores e aí está o lado mais sombrio da globalização: tanto criminosos quanto terroristas se aproveitam da infra-estrutura do comércio mundial, na qual mercadorias atravessam fronteiras com uma facilidade que nunca se viu. Os lucros são estratosféricos. Graças à alta tributação do produto legalizado, os cigarros de contrabando hoje têm uma margem de lucro semelhante a da cocaína, e bolsas falsificadas rendem tanto quanto heroína. Infelizmente o contrabando é uma atividade em alta e os governantes não têm dedicado uma atenção especial a esse fato gravíssimo. O. Donnini, jornalista e advogado


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