22/11/2018 às 18h35min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h03min

Estreias do Cinema - 16/11/2018

Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald

Feiticeiros e animais fantásticos prontos para a guerra A escritora e roteirista JK Rowling planejou dividir sua nova cinessérie em cinco partes, cada uma inconclusiva e bem detalhada, desenvolvendo bastante os personagens igual aos livros. Isso deixará os fãs apreensivos até o final. O segundo capítulo é mais confuso ainda, um quebra-cabeça de apenas duas partes que só estará completo daqui há, no mínimo, 10 anos. Tenha paciência, pois vai valer a pena. Já o visual em 3D é maravilhoso, os fantásticos pets gigantes têm participações importantes e fofas bem menores. O quarteto Newt Scamander (Eddie Redmayne), Tina Goldstein (Katherine Waterston), Queenie Goldstein (Alison Sudol) e Jacob Kowalski (Dan Fogler) está mais apagado, já que agrega novos membros apresentando outras congregações de bruxos abrindo espaço para o excelente vilão à solta Gellert Grindelwald (Johnny Depp), a fim de exterminar todos os humanos à lá Magneto; a não ser que o ainda conciso professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore (Jude Law), possa impedi-lo, no porvir. Animais fantásticos - Os crimes de Grindelwald (Fantastic beasts - The crimes of Grindelwald, EUA, Reino Unido, 2018), de David Yates. Aventura e fantasia. 133 min. 12 anos. Nota: 3,5.

Tudo Acaba em Festa

Festa da firma de fim de ano Tema corriqueiro de comédias pastelões hollywoodianas, como o recente longa estrelado Jennifer Aniston “A Última Ressaca do Ano”, sem nexo e repleto de frases de efeito, poucos personagens transfigurados e despirocados durante a comemoração. Já na trama ao estilo dos hábitos e costumes brasileiros, um bon vivant encostado pertencente ao setor de recursos humanos (Marcos Veras) por acaso tenta reunir centenas de funcionários, incluindo o vice-presidente mundial cuja intenção é impressionar a atual namorada e colega de trabalho (Rosanne Mulholland) ao organizar a típica festa da firma de final de ano. Uma séria brincadeira consciente  de frases sutis muito interessante e divertida. Estereótipos de brigas mesquinhas diárias entre os setores de uma grande empresa como o dos motoboys de linguagem chula contra a turma do telemarketing que só se comunica do gerúndio. Até Amaury Jr. foi convidado. Tudo acaba em festa (Brasil, 2016), de André Pellenz. Comédia. 97 min. 12 anos. Nota: 3,0.

Em Chamas

Fogo que arde sem se ver Desde Oldboy, lançado em 2003, a Coreia do Sul tem trazido grandes filmes para estrear no Brasil. A exemplo de “Em Chamas”, representante do país no Oscar 2019, a maioria revela traços da cultura pop com uma trama intrigante misturando ação, suspense, terror e personagens bem desenvolvidos lentamente, tipicamente orientais. Em meio à falta de emprego que assola o país, Jong-soo (Yoo Ah-In) sobrevive como entregador da periferia na divisa entre as duas Coreias, a mãe o abandonou e o pai está preso. Certo dia, reencontra e acaba se apaixonando pela amiga de infância Hae-mi (Jeon Jong-seo), que desaparece poucas semanas depois. O único suspeito é o garoto Ben (Steven Yeun),  cuja fortuna misteriosa rendeu-lhe o apelido de  “O Grande Gatsby”, que ela conheceu em uma rápida viagem à África. A pista deixada pelo diretor Chang-Dong é a metáfora do fogo, elemento sagrado que eleva e aquece corações, mas pode queimar destruindo tudo em poucos segundos para depois apagar-se de forma semelhante ao crepúsculo. Baseado no conto Barn Burning, de Haruki Murakami e na obra homônima, de William Faulkner. Em Chamas (Beoning, Coreia do Sul, 2018), de Lee Chang-dong .Drama. 148 min.16 anos. Nota: 3,5.

A Rota Selvagem

A adversidade é um trampolim para a maturidade (C.C. Colton) Charley (Charlie Plummer), um garoto de 16 anos de boa índole e olhar melancólico, órfão de mãe que aceita resignado as travessuras e ausências frequentes do pai desnaturado. Seu único amigo é um cavalo quarto de milha chamado “Lean on Pete”, transformado em uma máquina de corrida movido à anabolizante. Dura vida anunciada que o diretor Andrew Haigh não fez questão de esconder. Ambientado da sociedade capitalista campestre de Oregon, Portland é cheia de oportunidades de emprego, e no entanto é vazia de caridosos sentimentos humanos. A rota selvagem (Lean on Pete, EUA, 2018), de Andrew Haigh. Aventura Roadmovie. 121 min. 12 anos. Nota: 3,0.

Entrevista com Deus

Aproveite o dia como se fosse o último Uma entrevista com Deus genérica e personalista, repleta de perguntas óbvias e corriqueiras voltadas para o público evangélico de estilo de vida e cultura americana. Sem mencionar qualquer outra religião ou filosofia, aos poucos o bate-papo transforma-se em um monólogo apressado sem tempo para a reflexão do espectador. Entrevista com Deus (An interview with God, EUA, 2018), de Perry Lang. Drama. 97 min. Livre. Nota: 1,0.

O Grande Circo Místico

Concorrente do Brasil ao Oscar 2019 Em meio ao universo de uma tradicional família austríaca, que é dona do Grande Circo Knieps, nasceu um improvável romance entre um aristocrata e uma acrobata. Este é o retrato dos 100 anos de existência do Grande Circo e das cinco gerações do clã à frente do espetáculo e suas histórias fantásticas. (O Grande Circo Místico, Brasil, Portugal, França, 2018), de Carlos Diegues. Drama. 104 min. 16 anos.

Puzzle

O Quebra-Cabeça Agnes (Kelly Macdonald) é uma mãe suburbana na casa dos 40 anos que tem todo o seu tempo consumido e dedicado ao cuidado dos homens da sua família. Quando ela descobre o dom de montar quebra-cabeças, seu mundo muda completamente e, escondida dos parentes, ela passa a se preparar para uma competição fazendo dupla com um excêntrico especialista no assunto (Irrfan Khan). (Puzzle, EUA, 2018) de Marc Turtletaub. Drama. 103 min. 12 anos.
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