29/10/2020 às 23h14min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h23min

Um preço que não se pode pagar

Não foram poucos os anos dedicados ao combate ao crime organizado no Brasil. Quando se fala em organização criminosa em nosso país, logo vêm à mente duas imagens: a primeira, das facções prisionais; a segunda, das grandes empresas corrompendo e sendo corrompidas pelo Estado. E, a propósito, é bom lembrarmos da antiga “Galeria Pagé”, reduto do contrabando, da falsificação e de produtos roubados em São Paulo. Porém a realidade é bem diferente, pois era o combate ao mercado ilegal de produtos em geral, normalmente de luxo ou eletrônicos falsificados, vendidos a 70% abaixo do preço em lojas regulares, como confirma Marcio Sergio Christino, Procurador da Justiça Criminal do Ministério Público de São Paulo. E mais, destacamos: A conivência social em relação aos produtos falsificados, uma “Lei de Gerson”, ou levar vantagem em tudo. E o mundo das falsificações, do contrabando, é bem mais aterrador. É a exploração, a escravização da mão de obra. Os métodos são ortodoxos: violência e coação extremas para maximizar o lucro em razão do baixo custo da produção. Na verdade, não há diminuição de custo sem exploração. Em segundo lugar, o capital investido é ampliado e revertido para dar base a outras atividades criminosas. O que o consumidor não vê é o preço social que ele paga para justificar uma compra ilícita. O. Donnini, Jornalista e advogado


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