04/09/2020 às 23h13min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h24min

Dicas de filmes e séries - 04/09/2020

Devs e sua filosofia Lily Chan (Sonoya Mizuno) é uma engenheira de computação da região do Vale do Silício, na Califórnia, que investiga o desaparecimento repentino do namorado Sergei (Karl Glusman). O principal alvo da averiguação é Forest (Nick Offerman), o CEO da divisão secreta da Amaya, empresa onde ela trabalha. O mesmo diretor de Ex Machina e Annihilation, Alex Garland, em sua estreia na TV, desenvolve um sistema fictício capaz de prever tanto o passado quanto o futuro, tornando os operadores da brincadeira divina, seres inexpressivos dependentes da máquina, em absolutos. A série conclusiva de apenas oito episódios cartesianos (disponível na Fox Premium 1), questiona se vivemos realmente numa simulada Matrix ou fora da caverna (no mundo real), o mundo das ideias de Platão, a nossa verdadeira Pátria Espiritual. Apesar de não apresentar novidades no conteúdo, é hipnotizante na forma e fácil de maratonar. O instinto divino age de início em absoluto na criatura, notoriamente na abelha e na formiga, atenuando-se gradativamente conforme a complexidade física e a evolução espiritual do ser. “A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem” (Léon Denis) para conquistar o sonhado livre arbítrio em definitivo. No entanto, as escolhas conscientes e responsáveis do Espírito variam de acordo com o grau de comunhão com Deus, desde a mônada espiritual até o Nirvana (Demiurgo). Esses famosos arcanjos, messiânicos ou crísticos, elevados seres autônomos, relativamente perfeitos e infalíveis, jamais independentes dos desígnios divinos, absolutos e eternos, basta olhar os lírios no campo. Devs. Direção: Alex Garland. Suspense Sci-Fi. (EUA - 2020, 8 episódios de 45 min, 1 temporada). Nota: 4,0   O sucesso da Netflix: A Caverna mistura Dark e Goonies Ao explorarem uma caverna em busca da Fonte da Juventude, estudantes de arqueologia descobrem que o tempo lá embaixo funciona diferente do tempo na superfície. Conceitos muito interessantes sobre eternidade e sobre a clássica teoria da relatividade embutidos em um roteiro superficial que passam por toda história da humanidade comprometem a excelente premissa do longa sensação da Netflix (Time Trap) com desfecho apressado, porém surpreendente. Infelizmente, a maior parte da trama de “A Caverna”, se resume a um papo fútil e repetitivo, aborrecente. A Caverna. Direção: Mark Dennis, Ben Foster. Aventura Sci-Fi. (Time Trap, EUA - 2017, 87 min.) 12 anos. Nota: 2,0   A saída do labirinto é sempre no centro Equilíbrio interno (centro das emoções) e convivência em grupo é a saída do labirinto cúbico. Seis pessoas (o número bíblico do homem) acordam desnorteadas numa sala cúbica de seis lados; seus nomes são referências às maiores prisões do planeta: Quentin – San Quentin State Prison; Kazan – Kazan Psychiatric Prison Hospital; Worth – Federal Correctional Institution, Fort Worth; Leaven – United States Penitentiary Leavenworth; Rennes – Centre Pénitentiaire de Rennes; Holloway – HM Prison Holloway; Alderson – Federal Prison Camp, Alderson. Apesar do instinto de sobrevivência cegá-las na maior parte do tempo, cada uma deve exercer uma função fundamental, a fim de decifrar o mecanismo de armadilhas mortais do labirinto, elevando seus pensamentos ao nível das asas de Ícaro. Entre elas, obviamente, aparece o criminoso especialista em fugas, Rennes (Wayne Robson), o engenheiro Worth (David Hewlett) e a genial estudante de matemática, Leaven (Nicole de Boer). Ocorre que Quentin (Maurice Dean Wint), um policial motivacional com os nervos à flor da pele, incumbido de administrar o grupo, acaba tentando controlá-los. O mesmo acontece com a psicóloga Holloway (Nicky Guadagni), que ao tentar equilibrar internamente o labirinto mental de interesses antagônicos, torna-se uma das mais estressadas lá dentro. Por fim, o autista Kazan (Andrew Miller), de raciocínio diferenciado, a exemplo do jogador de futebol Messi e de Ben Affleck em “O Contador”, é a chave oculta que caiu do céu para decifrar o enigma do “Cubo” (disponível no Amazon Prime). No entanto, o deficiente intelectual é descartado pelo grupo, à exceção de sua cuidadora, Holloway. Cubo. Direção: Vincenzo Natali.  Suspense Sci-Fi. (Cube, Canadá - 1997, 90 min). 16 anos. Nota: 5,0   A verdade inconveniente que dói antes de libertar O taciturno pastor de ovelhas Memo (Jorge Garcia - da série Lost) isola-se numa ilha chilena, determinado a se esconder dos fantasmas do passado. Isso até conhecer a patroa Marta (Millaray Lobos), por quem se apaixona, revelando em primeira mão seu grande talento musical, motivo de orgulho e vergonha ao mesmo tempo. Ninguém Sabe que Estou Aqui, da Netflix, é um filme artístico, lento e contemplativo durante os dois primeiros terços, mas com revelações bombásticas no final que valem a espera paciente. Ninguém Sabe que Estou Aqui. Direção: Gaspar Antillo. Drama. (Nadie Sabe Que Estoy Aquí, Chile - 2020, 91 min). 12 anos. Nota: 3,5
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