04/09/2020 às 19h36min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h24min

Islamismo

Presidentes autocráticos ocupam o cargo em regime vitalício, banindo a existência de outros partidos políticos. À medida que esses ditadores corruptos foram banindo os rivais políticos e reprimindo a oposição, foi na Mesquita que a religião assumiu o papel de revolução e deu origem a uma velha persona emblemática: a do bom muçulmano revolucionário. Essa persona do guerreiro religioso e justo não é exclusiva dos muçulmanos; os cristãos têm sua própria, e ela não aparece somente na época das Cruzadas, no Oriente Médio, estando também presente no Novo Mundo, desde a descoberta da América. O papa Sisto IV, a propósito, emitiu uma bula papal intitulada “A eterni Regis” (Rei Eterno), que determinava que o direito dos nativos pagãos a gerirem suas próprias existências era anulado pela responsabilidade papal pelas almas deles, o que estabelecia, portanto, a conquista das terras não cristãs como um dever moral dos conquistadores para com os conquistados: os europeus ouviam que deviam conquistar os nativos para salvar suas almas hereges e, com isso, ajudariam a salvar suas próprias almas. Assim, os conquistadores se transformaram em “guerreiros santos”, purificando a si próprios e as suas comunidades enquanto lutavam. Essa semiótica (ladainha) religiosa era tão prevalente que, ao desembarcar na Venezuela, Cristóvão Colombo escreveu em seu diário que havia encontrado o Jardim do Éden. Observação: hoje a Venezuela passa fome subjugada por uma ditadura violenta e corrupta. O.Donnini


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