01/11/2018 às 20h27min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h03min

Estreias da Semana - 02/11/2018

Bohemian Rhapsody

O dia em que a música morreu Freddie Mercury (Rami Malek) para muitos especialistas foi o maior cantor de todos os tempos, ouvido por bilhões de pessoas em 1985 no Live Aid; e no primeiro Rock In Rio no mesmo ano, o maior público da carreira da banda de rock progressivo Queen, sua família de coração. A ópera rock Bohemian Rhapsody que revolucionou o mundo da música, na verdade foi um desabafo do vocalista incompreendido pela família biológica (Under Pressure) seguidora de Zoroastro, um dos maiores filósofos que já encarnaram, ao lado de Sócrates, Buda e Cristo. O longa de Bryan Singer retrata a dura vida do homossexual sem estrutura familiar numa terra machista (I Want To Break Free) que acabou contraindo o vírus da AIDS promovendo festas mundanas à procura cega de alguém para amar (Somebody To Love), mesmo casado com amor da sua vida Mary Austin (Lucy Boynton) por vários anos até entender que era gay (Love Of My Life). Os únicos momentos de paz interior (Radio Ga Ga) eram em cima do palco ou compondo lindas canções. Próximo da vida eterna (Who Wants To Live Forever), mesmo muito debilitado, fez questão de trabalhar incansavelmente até o último suspiro( Don’t Stop Me Now) em respeito aos fãs, afinal, o show deve continuar (The Show Must Go On) porque estamos aqui só de passagem. Nós te amamos, Freddie, você é um vencedor (We Are The Champions). Bohemian Rhapsody. Direção: Bryan Singer. Drama biográfico (EUA/Inglaterra, 2018, 134min). 14 anos. Nota: 4,5.

O Doutrinador

Super-herói paulistano de dar inveja a Hollywood O quadrinista brasileiro Luciano Cunha criou em 2008 um super-herói para ser publicado apenas em 2013 declaradamente em um universo análogo ao do herói suburbano Demolidor. Apresentado pelo diretor Gustavo Bonafé na telona em cores sujas e frias, a Nova Iorque brasileira São Paulo se transformou em uma cidade estado fictícia chamada de Santa Cruz com algumas transformações digitais sutis, a exemplo do Estádio do Pacaembu, do Palácio do Governo substituído pelo Teatro Municipal e outras transformações integrais como o Congresso Nacional. Tudo isso para introduzir o maior anti-herói nacional de todos os tempos, que também virará série no canal Space inspirado no Justiceiro da Marvel, mais humano e filosófico, auxiliado pela carismática hacker Nina(Tainá Medina) . Em vez de combater organizações criminosas fictícias como o Tentáculo, O Doutrinador (Kiko Pissolato), após a trágica morte da filha e o arquivamento da “Operação Lava Jato” tenta desmantelar sozinho fazendo justiça com as próprias mãos o mecanismo criminoso de poder de políticos corruptos tentando se perpetuar no poder. Um vigilante adaptado à cruel e violenta realidade do nosso dia a dia. Um dos melhores filmes nacionais de ação de todos os tempos de fazer inveja a Hollywood. O Doutrinador. Direção: Gustavo Bonafé. Ação. (Brasil, 2018, 110min). 16 anos Nota: 4,5.

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos

A menina, o soldadinho de chumbo e o Labirinto do Minotauro Clara (Mackenzie Foy) é uma excepcional inventora, fã de Isaac Newton e vive em um meio científico que lembra o do premiado longa “A Invenção de Hugo Cabret”. Jornada de autoconhecimento, cujo profundo simbolismo pode passar despercebido aos adultos. A exemplo do Mito da Caverna, a jovem participa a contragosto de uma festa mundana fugaz, ainda desnorteada pela morte da mãe. Amparada pelo padrinho (Morgan Freeman), pelas asas de Ícaro e o fio de Ariadne, consegue sair desse labirinto mental elevando seu pensamento até os Quatro Reinos fantásticos onde a mãe governou secretamente com ordem e disciplina militar. Forte candidato ao Oscar devido ao requintado figurino da alta sociedade britânica, da nobre realeza quintessenciada, e da bela fotografia invernal ambientado no marcante século 19. Baseado no romance natalino de Ernest Theodor Amadeus Hoffmann em 1816. Adaptado em francês por Alexandre Dumas. “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos” inspirou o compositor Piotr Ilitch Tchaikovsky a criar seu terceiro e último balé “O Quebra-Nozes”. O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos. Direção: Lasse Hallström. Fantasia. (The Nutcracker and the Four Realms, EUA, 2018, 109min) Nota: 3,5

A Casa que Jack Construiu

Lars von Trier se esforça pra ser um diretor normal Depois de “Ninfomaníaca”, o polêmico diretor Lars von Trier realiza outro filme mediano para os altos padrões que constituíram sua fama. A história é sobre um serial killer cuja metodologia é dar carona às vítimas antes de matá-las usando um discurso subjetivo e se fazendo de bobo, a princípio concordando com tudo à espera do momento certo para o golpe fatal. Ao contrário dos primeiros filmes, esse é corriqueiro e previsível com cenas de impacto forçado. Ao lado de Virgílio (Bruno Ganz), personagem da Divina Comédia de Dante Alighieri, Jack (Matt Dillon) discute o significado e o valor da arte, seja ela divina ou macabra. O grande problema são as imagens paralelas desconexas fora do contexto da trama principal, um imenso conteúdo filosófico desperdiçado na prática como a cena em câmera lenta da Barca do Inferno. Destaque para a volta estonteante de Uma Thurman, bem rejuvenescida após a gravidez. A Casa que Jack Construiu. Direção: Lars von Trier. Terror.(The House That Jack Built, Dinamarca/França/Alemanha/Suécia, 2018, 155min). 18 anos. Nota: 3,0.

Johnny English

Mr. Bean tenta ser James Bond de novo Os anos fizeram muito bem ao eterno "Mr. Bean" Rowan Atkinson. Nem os cabelos grisalhos interferiram na hilariante performance sempre caricata, ainda com a mesma vitalidade dos anos 1990 quando iniciou a série de TV. A cena mais engraçada é a da realidade virtual. O último capítulo da trilogia que homenageia o agente britânico mais famoso do cinema é apenas um pretexto para encaixar Mr. Bean. Aliás, o ponto negativo é quando ele sai de suas características falando mais do que duas frases. Johnny English. Direção: David Kerr. Comédia. (Inglaterra/França/EUA, 2018, 89min). 12 anos. Nota: 3.0.

My Name Is Now, Elza Soares

My Name Is Now, Elza Soares Ícone da música brasileira, numa saga que ultrapassa o tempo, espaço, perdas e sucessos. Elza e seu espelho, cara a cara, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, uma fênix, que com a força da natureza transcende e canta gloriosamente. Direção: Elizabete Martins Campos. Documentário. (Brasil, 2017, 73min). 12 anos Nota: .
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