Por 35 dias, um trecho da Rua dos Pinheiros receberá o Projeto Caminhar Pinheiros. Serão 800 m² a mais de calçada entre as ruas Cônego Eugênio Leite e Joaquim Antunes para a população. A ideia de valorização das calçadas para os pedestres foi uma reivindicação da Gazeta de Pinheiros, comerciantes e moradores, que há muitos anos lutam para a continuidade da implantação no bairro, que visa valorizar a convivência ao ar livre e garantir mais segurança no trânsito e para os pedestres. A Gazeta, junto com entidades, lutou e conseguiu em administrações passadas, a reforma das calçadas da rua Pinheiros em acessíveis e com padrões modernos e uniformes, além do aterramento de fios em parte da via, apesar da promessa de extensão em toda a rua, que teria o mesmo benefício e beleza. Agora a continuidade do projeto, tem a participação do ‘Coletivo Pinheiros’, que conta com a parceria da Prefeitura de São Paulo, o CET e Subprefeitura de Pinheiros, sendo patrocinado pela empresa Brasileira de Mobilidade Urbana 99. Ela entra em vigor dia 5 de novembro e segue até 10 de dezembro. Participam também o vereador Police Neto, a Boldarini Arquitetos Associados e PS.2 Design e Bloomberg para Segurança Global no Trânsito. A intervenção vai ocupar espaço equivalente a 20 vagas de estacionamento rotativo (zona azul), preservando vagas para idosos, pessoas com deficiência e carga e descarga. Durante os 35 dias serão ampliados 790m² de calçadas, com pintura e mobiliária temporários. “Um terço dos deslocamentos em São Paulo é feito a pé. Houve aumento no número de pedestres nessa região e precisamos dar mais segurança a todos. Com essa intervenção, a população vai perceber o quanto se ganha em qualidade de vida ampliando as calçadas”, declarou o prefeito Bruno Covas. Já a subprefeita Juliana Ribeiro, considera o projeto como o resultado de um pedido antigo da comunidade. “É importante quando os munícipes discutam ideias com o poder público de como melhorar o uso de equipamentos da cidade”. Para a diretora de Políticas Públicas da 99, Ana Guerrini, o objetivo é destacar que muitos cidadãos estão deixando de usar o carro próprio. "Podemos aproveitar as áreas normalmente destinadas apenas a veículos estacionados, para criar locais de convivência. Hoje, a 99 já ajuda a reduzir a necessidade de 78 mil vagas em São Paulo diariamente, segundo um estudo da FIPE-USP”, afirmou. “Será uma via ocupada de forma generosa, o que proporcionará segurança para o local. Acreditamos que essa área de convivência irá favorecer o comércio”, disse Sandra Santarsola, diretora do ‘Coletivo Pinheiros’. Nova Lei A Prefeitura estuda uma nova regulamentação sobre as calçadas da cidade. Uma consulta pública foi feita à população, que pôde opinar sobre a questão. Em princípio, as calçadas deverão ser organizadas em três faixas: livre; de serviço e de acesso. Cada uma possui uma série de especificações. A medida pretende aumentar o espaço para o pedestre. A padronização das calçadas e dos passeios da cidade é fundamental para a melhoria da mobilidade e da qualidade de vida dos munícipes. Segundo o decreto, a execução, manutenção e conservação das calçadas, bem como a instalação de mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbana, sinalização, vegetação, entre outras interferências permitidas por lei, deverão seguir os princípios da acessibilidade e desenho universal. A faixa livre é parte da calçada destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres, devendo ter no mínimo 1,20 metros. A faixa de serviço é a localizada em posição adjacente à guia, com largura mínima de 70 cm. Já a faixa de acesso é a área para calçadas com mais de 2 m de largura, destinada à acomodação das interferências resultantes da implantação, do uso e da ocupação das edificações existentes, autorizadas pelo órgão competente, de forma a não interferir na faixa livre.
