10/07/2020 às 11h01min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h27min

A necessidade de se analisar a Covid-19 através de número relativos

Por Carlos Magno Gibrail Quarta-feira, 20 de maio de 2020 —  as mídias tradicionais e sociais informaram que o Brasil atingiu mais de 1.000 mortes em 24 horas pela primeira vez, perfazendo um total de 18.859 óbitos, dos quais  5.147 em São Paulo, o epicentro da Covid-19. Esses números absolutos não expressam a relatividade necessária para situar a posição do Brasil no Mundo; e a de São Paulo na correlação com os demais estados brasileiros. Minimamente a correlação serve para posicionar no contexto geral o que se está analisando, e também para a tomada de decisões. Pelo Google, encontramos a fonte da Wikipédia que contém a tabela com os dados a que nos referimos, onde no contexto mundial podemos observar que o número absoluto de “casos confirmados” nos dá apenas o ranking de países sem a comparação entre eles de forma qualitativa. A correlação dos “casos confirmados” com os “casos confirmados a cada 1 milhão de pessoas” faz sentido muito maior ao introduzir a correlação com a população. Verifica-se que no ranking dos números absolutos o Brasil é o terceiro, enquanto na correlação com um milhão de pessoas a posição é bem diferente. No universo Brasil, vemos que o estado de São Paulo tem o maior número de “confirmados”, mas quando olhamos para os “confirmados” correlacionados com a população, a posição fica bem distante do primeiro lugar, ocupado pelo Amapá. Observamos também que as “mortes”, como não estão correlacionadas com a população, perdem o efeito comparativo e qualificativo. Hoje (21/5), coincidentemente no Portal G1, da Globo, foi publicada uma reportagem em que este índice de mortalidade foi correlacionado com 100 mil habitantes, comparação que tirou São Paulo do grupo de 20 cidades mais afetadas. Bem diferente da posição no ranking de números absolutos. Esperamos que a informação do G1 expondo correlações seja um cuidado a ser continuado, pois como vimos há muitas interações que podem mudar o entendimento. Por exemplo, a Europa está de olho na Suécia, que optou por deixar a cargo da responsabilidade da população o controle da Covid-19. Bem, o resultado final para a Suécia virá apenas depois que a Covid-19 for controlada. Por ora, a Itália chama a atenção pela gastronomia. São os menos obesos e há concentração de idosos. Gostaríamos que até a saída do vírus os economistas e demógrafos entrassem em campo para ajudar os editores. Enquanto isso, de acordo com o UOL, poderemos ter novidades vindas do Rio Grande do Sul, através da cientista política Leany Lemos, Secretária de Planejamento, que tem feito análises de cenários para a Covid-19 focando diferentes regiões gaúchas.  Conhecimento, experiência, dados e planejamento: ela acredita que poderá em breve apresentar resultados. Até lá, para manter-se atualizado sobre a Covid-19 vale acessar o site Our World in Data. Texto de Carlos Magno Gibrail, consultor, autor do livro “Arquitetura do Varejo”, mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung e no Grupo 1 de Jornais
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