Toda humanidade tem sido objeto permanente de polêmicas em torno da posição dos iguais e desiguais. Realmente, desde que o mundo existe, muitas vozes têm se levantado para dar espaço aos desiguais, no sentido de se formar um só bloco com os iguais. Mas, afinal de contas, quais os valores que se distinguem entre um e outro? De que forma podemos definir as desigualdades e os sonhos da igualdade? Observa o jornalista Hélio Chaves da Silveira, em seu livro “Mosaicos”. Com o apoio nessas observações, nos dimensionamos: desde tempos imemoriais, muito representantes comunitários, mentores, religiosos e líderes políticos buscam modelos para o posicionamento dos iguais e desiguais no mesmo nível social. Cristo e outros mensageiros tentaram transmitir através da fé e do poder uma gama de princípios que impusesse uma forma de igualdade entre esses grupos. Na seara política tem-se notícia histórica sobre a pretensão das Revoluções Francesa (século XVIII), Russa e Chinesa (século XX), sendo certo que a primeira tinha por finalidade a edificação de um governo de plena igualdade social, simbolizada pelos lemas liberté (liberdade), fraternité (fraternidade) e égalité (igualdade); as duas últimas, numa sociedade plenamente igual. E concluímos pesarosamente: em todas as épocas da civilização temos de considerar que nenhum desses objetivos foi conquistado e sonhos pretendidos não foram realizados. O.Donnini, jornalista.
