A proposta da Prefeitura de transformar o sacolão municipal João Moura em um mercado de orgânicos e de produtos para quem tem necessidades especiais de alimentação foi debatida em Audiência Pública da Comissão de Saúde, realizada no dia 30, na Câmara de Vereadores. Segundo a Prefeitura, implantação do núcleo atende as diretrizes do 1º Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Moradores e comerciantes estão mobilizados para impedir o fechamento do sacolão por meio de diálogo entre Prefeitura e comerciantes do sacolão municipal João Moura, que não concordam com a proposta de transformar o local em um mercado exclusivo de orgânicos. O secretário municipal adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Pedro Somma, explicou que o mercado orgânico será um projeto-piloto do plano municipal de segurança alimentar para incentivar uma alimentação mais saudável, mas que este projeto pode ser alterado. Com o objetivo de modernizar o equipamento, fortalecer a política de segurança alimentar e atender a demanda da sociedade por alimentos especiais, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) pretende reformular o Sacolão João Moura com a comercialização de produtos orgânicos, veganos e especiais, voltados para quem tem necessidades específicas ou restritivas, como alérgicos, por exemplo. Segundo a Secretaria, “a proposta é que todos os boxes sejam ocupados e com operação durante todos os dias da semana. Atualmente, o local conta com nove permissionários e funciona de quarta-feira a domingo”. Em audiência pública realizada no dia 30 de agosto, na Câmara Municipal, com representantes da SMDE, legislativo e permissionários, foi debatida a proposta, assim como o melhor caminho para sua implantação. Para ampliar o debate com a sociedade local e os atuais permissionários, a SMDE irá aumentar o prazo de discussão da proposta. Um documento com mais de três mil assinaturas foi apresentado para que a iniciativa fosse repensada pela Prefeitura. O sacolão que existe há cerca de 30 anos atende a população local. A população presente no evento destacou que alterações e adequações podem ser feitas, mas a descaracterização seria ir contra os interesses locais.
