23/05/2024 às 23h34min - Atualizada em 23/05/2024 às 23h34min

​Projeto da Nova Raposo mostra grandes absurdos

A questão em pauta agora é a presença pedágios dentro do perímetro da cidade e muitas desapropriações
Não bastasse o gasto faraônico, o projeto de objetivo e eficiência, altamente questionáveis e os inevitáveis impactos ambientais e sociais para a região de Alto de Pinheiros e Butantã, o projeto da "Nova Raposo" segue trazendo atualizações que beiram o absurdo e muitos protestos e abaixo-assinados da população.

Congestionamentos sem fim
A Gazeta de Pinheiros - Grupo 1 de Jornais vem acompanhando de perto os detalhes da proposta. A principal via que conecta a Capital ao Oeste paulista é o Sistema Castello-Raposo. Seu trajeto se inicia no final da Rua Reação e se estende até a divisa com o Mato Grosso do Sul. No entanto, ao retornar à capital, a Rodovia SP-270 frequentemente enfrenta congestionamentos significativos ao chegar ao Butantã, e apesar das diversas promessas de obras, nenhuma delas foi concretizada até o momento. Também em direção ao interior nos horários “de pico”, o acúmulo de veículos gera também uma demora de 2 a 3 horas do seu início até a Granja Viana, em Cotia.

Complicação
A situação se complica especialmente nas ruas Sapetuba, Reação, Martins, e nas avenidas Alvarenga, Eliseu de Almeida e Francisco Morato. O projeto da "Nova Raposo", que custará mais de R$9 bilhões (valor previsto), inclui a concessão da rodovia em vários trechos, a instalação de múltiplos pedágios e túneis, além da construção de grandes alças de acesso com o objetivo de conectá-la à Marginal Pinheiros. 

Características polêmicas
Dentre os tópicos mais polêmicos, está a presença de pedágios dentro da capital. A cobrança no trecho urbano será implementada de acordo com o plano, o qual prevê a instalação de seis pórticos sem a necessidade de cabines, utilizando um sistema automático livre e pagamento da tarifa exclusivamente por meio 100% automático (free flow). 
O primeiro pórtico será instalado no km 11,83, localizado no início da rodovia, enquanto atualmente a primeira cobrança ocorre no km 46, entre Vargem Grande e São Roque. Além das melhorias nas pistas, o plano inclui a construção de um túnel, três viadutos e pistas marginais, que não estarão sujeitos à cobrança de pedágio.

Muitas desapropriações
Mas não é apenas o que entra que preocupa - é o que pode sair também. O impacto estimado da obra abrange cerca de 1 milhão de m2 de áreas sujeitas a desapropriação, que serão diretamente afetadas pela obra. Esses cálculos foram realizados por um grupo técnico composto por engenheiros e outros especialistas do "Movimento Nova Raposo, Não!", que é constituído por 90 associações de moradores, empresas locais e coletivos ambientais que se opõem às mudanças.

Petição pede transparência e participação popular
Está disponível online a petição "Nova Raposo, Não!", que, além de contestar a obra em si, pede maior participação popular no processo e mais transparência na comunicação por parte do governo.
A petição pode ser acessada através do link https://www.change.org/p/nova-raposo-nao-queremos-transparencia-e-participacao-popular-no-projeto ou digitando "Nova Raposo, Não" no seu buscador de escolha. O texto pede 15 mil assinaturas, e já conta com mais de 11 mil.

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