25/01/2024 às 00h20min - Atualizada em 25/01/2024 às 00h20min

​Prevenção: geriatra explica os cuidados para evitar quedas com idosos em ambiente domiciliar

Um acidente em uma fase mais avançada da vida pode ser prejudicial e irreversível para a saúde

Quedas são um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 15% dos idosos experimentem quedas anualmente, com 3% sofrendo lesões graves. Por esse motivo, é crucial adotar medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar destas pessoas.
Gabriel Oliveira, médico geriatra e professor de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi/Inspirali, explica que diversos fatores podem aumentar o risco de quedas em idosos. “As principais causas estão associadas a alterações físicas e cognitivas relacionadas ao envelhecimento, doenças crônicas como osteoporose, artrite e doenças cardiovasculares, e um ambiente doméstico inseguro. Por isso, todos que convivem com idosos devem estar atentos não apenas à sua saúde, mas também ao lar”.
Segundo o especialista, para prevenir quedas, é essencial adotar medidas que atuem sobre esses fatores de risco. Algumas dicas incluem:
• Manter o corpo ativo e saudável, estimulando a prática de exercícios regulares para melhorar força, equilíbrio e coordenação motora, fatores essenciais para prevenir quedas, além de promover a autoestima e autonomia do idoso. A prática de exercícios deve ser sempre orientada por um profissional de saúde, que irá avaliar as condições físicas do idoso e indicar as atividades mais adequadas;
• Tomar medicamentos com cautela, discutindo com o médico os possíveis efeitos colaterais dos remédios administrados;
• Criar um ambiente doméstico seguro, removendo ou corrigindo obstáculos que possam causar quedas, como tapetes soltos, móveis mal colocados e escadas sem corrimão, além de manter passagens livres de obstáculos e investir em ambientes bem iluminados. É importante estar atento à presença de animais de estimação no lar, que também podem representar um risco de queda.
Quanto à prevenção de acidentes fora do lar, Oliveira destaca que também existem medidas para minimizar os riscos. “Na rua é um pouco mais difícil, pois estamos em um lugar que não temos total autonomia. Por isso, é importante usar sapatos firmes nos pés, evitar saltos altos, modelos com sola escorregadia ou chinelos de dedo. Manter a atenção durante todo o trajeto é crucial para antecipar e evitar obstáculos na calçada. Também é importante estar atento à presença de buracos, valetas e outros obstáculos na calçada, que podem causar quedas.” 
Para pessoas com dificuldade de locomoção, o geriatra pode recomendar o uso de bengalas, andadores ou outros dispositivos de segurança, adaptados ao caso específico.
O que fazer
em caso de queda?
O geriatra destaca a extrema importância de entrar em contato com o serviço médico de emergência ao identificar o acidente. “Mesmo que não haja sinais de lesões aparentes, é necessário encaminhar o idoso ao serviço médico emergencial, onde exames complementares podem verificar fraturas e investigar a causa da queda quando não relacionada a fatores externos, além de avaliar a possibilidade de futuros acidentes”.
A melhor prevenção contra esse tipo de intercorrência está na atenção contínua e cuidado, mantendo vigilância.
Serviço: Universidade Anhembi Morumbi  e  Inspirali

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