25/01/2024 às 00h03min - Atualizada em 25/01/2024 às 00h03min
Continua o corte de árvores dentro do Instituto Butantan. Novo crime ambiental?
Depoimento de leitores afirmam que árvores continuam sendo cortadas dentro das dependências do Instituto Butantan. A população local luta pela manutenção arbórea na região e manifesta preocupação com o fato. O Instituto Butantan afirma que todos os manejos possuem autorização.
Depoimento afirma cortes
“Estão cortando árvores desde as 7h30 da manhã de hoje, domingo (21), e ontem também... Eles não respeitam nada e nem ninguém.”
“Depois de cortar mais de 3 mil árvores dentro do Instituto para estacionamento e restaurantes, o MP e a comunidade conseguiram a interrupção deste crime ambiental. Mas o corte continua”.A.V.
“Domingo e sábado, ‘escondidinhos’, continuam a acabar com a mata do Institituto Butantan. E eles não tem conhecimento?”. M.G.
“Cetesb e Secretaria do Verde autorizam tudo do Governo para o Governo. Quem fiscaliza estes órgãos que estão totalmente desacreditados pela população. Mais uma área verde que se vai...”R.T.
Secretaria informa acompanhamento
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que acompanha os processos de licenciamento ambiental de manejo arbóreo para o Instituto Butantan junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb.
Butantan diz ter autorização
Em nota, o Instituto se posiciona sobre os cortes: “Como informado anteriormente, o Instituto Butantan cumpre a recomendação do Ministério Público de São Paulo e não faz retiradas de árvores, salvo aquelas com risco de queda constatado por especialistas, com laudo técnico e autorização prévia dos órgãos ambientais. Vale ressaltar que a medida visa garantir a segurança da população, inclusive de idosos e crianças que circulam diariamente pelo parque, bem como de colaboradores.
MP pede paralização
Desde setembro de 2022, parecer do Ministério Público recomendou a adoção de providências urgentes visando à paralisação total da ação de degradação nas dependências do Instituto Butantan em relação ao manejo de vegetação protegida e em relação a intervenções em prédios históricos, contemplando ainda todas as obras projetas que possam causar prejuízo ao bem tombado. A população continua registrando novos cortes. E mais: até hoje não foi esclarecido a ordem para o crime ambiental do corte de mais de 3000 árvores dentro do Instituto, para obras de restaurantes e estacionamentos. Nenhum diretor ou presidente ‘assume’ a culpa e ‘empurra-empurra’ continua.
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