29/09/2023 às 00h20min - Atualizada em 29/09/2023 às 00h20min

​Vem aí mais barulho e risco de acidentes em Congonhas

A companhia de origem espanhola 'Aena', concessionária de Congonhas, desde agôsto do ano passado, anunciou no último dia 25 que assumirá a administração no próximo dia 17 de outubro. A empresa pretende construir um novo terminal até 2028 e isso pode representar um aumento de barulho e no número de voos de aeronaves maiores. Segundo as projeções do estudo de viabilidade, a capacidade do aeroporto seria ampliada para 30 milhões de passageiros por ano e possivelmente abertura para todos voos internacionais, colocando em risco de grandes acidentes, como vem acontecendo frequentemente. O projeto será apresentado para a ANAC-Agência Nacional de Aviação Civil até dezembro, que deve estudar se aprova ou não. A empresa ainda planeja conectar o aeroporto até a Linha 17 Monotrilho do Metrô.

Segundo mais movimentado
O aeroporto de Congonhas é segundo mais movimentado do Brasil, conta com a uma das pontes aéreas mais movimentada em termo de assentos ofertados na América Latina e é o terceiro  mais conectado domesticamente no continente.

Melhorias  
Entre as melhorias de curto prazo para o terminal da capital paulista, estão ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada. Na Fase I-B, os principais investimentos serão a revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves, com novas posições de contato, e construção de um novo terminal de passageiros. A entrega das obras da Fase I-B de Congonhas está prevista para junho de 2028.

Concessão já foi tema na Câmara com associações preocupadas
A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa) realizou uma Audiência Pública sobre a concessão do Aeroporto de Congonhas. 
Preocupado com os impactos que a concessão do Aeroporto de Congonhas pode causar para o entorno, o CEO da Associação Viva Paraíso, Marcelo Torres, reclamou da falta de estudos sobre o tema. “Estamos preocupados com a questão da mobilidade urbana, com os ruídos e a poluição”. 
Já Paulo Uerrara, da Associação de Moradores de Vila Nova Conceição, pediu que a sociedade civil seja ouvida e incluída na construção de soluções para o projeto. Para o presidente da Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto de Congonhas, Edwaldo Sarmento, a maior preocupação é que a nova administração não atenda as exigências dos moradores como, a mitigação do ruído dos aviões, da poluição causada pelas aeronaves  e a questão da mobilidade urbana. 

Associações criticam
Representante da Associação de Moradores de Jardim Novo Mundo e porta-voz de outras 12 associações do entorno de Congonhas, Guilherme Canton levou a preocupação com a saúde dos moradores com o possível aumento do número de voos e do ruído gerado pelas aeronaves.
O ex-secretário-executivo de Mudanças Climáticas da Capital, Pinheiro Pedro, afirmou na época que a prefeitura discute uma eventual taxa a ser cobrada das concessionárias por conta do aumento da poluição e da necessidade de redução da emissão de gases do efeito estufa.
Já o representante da Associação de Moradores de Vila Nova Conceição, Pedro Uehara, levou a queixa quanto ao trânsito na região de Congonhas. "Precisamos pensar, no planejamento do trânsito para a região, com o aumento no volume, para que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) venha e apague o incêndio de forma equivocada", afirmou.

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