25/08/2023 às 00h28min - Atualizada em 25/08/2023 às 00h28min

​Nova manifestação pela preservação do Parque da Previdência

Amanhã, dia 26 às 9h ocorre nova mobilização da comunidade, pela preservação do Parque da Previdência na área vizinha da Av. Eliseu de Almeida, 1820, onde houve um grande desmatamento clandestino e crime ambiental das empresas ‘Engeterra’ e ‘Azeka Participações’(SP Diversões). Conforme suspeitas dos moradores, a primeira empresa, supostamente falida, pretende erguer um “centro comercial” com previsão de movimento de mil pessoas/dia, o que vai impactar toda a fauna e flora da região. O local é uma das importantes áreas com presença de remanescente de Mata Atlântica em estágio avançado de recomposição no Butantã, de aproximadamente 92 mil m², que compõe com os outros maciços de vegetação, um significativo corredor verde que se conecta com outros bosques fundamentais para o microclima na cidade.
Depoimentos sobre os problemas de área vizinha
Após obterem sucesso em embargar a obra na Avenida Eliseu de Almeida, 1820, divisa com o Parque Previdência, devido à derrubada de mais de 30 árvores no terreno e na viela pública, através de uma intervenção do Ministério Público moradores, ativistas ambientais, aguardam a inspeção dos técnicos do ‘Centro de Apoio à Execução’ (CAEx) para verificar novas denúncias. 
“Comprovamos, através de fotos e vídeos, incluindo a reportagem veiculada no SPTV2 no dia 22/07/23, a presença de corpos d’água no terreno e mangueiras com bombas para extração. Apesar do embargo, percebemos que essas áreas foram aterradas após essa data, causando mais impacto ao ecossistema do Parque”, relata José Jacinto Mosqueira Andrade, conselheiro do Parque Previdência e morador do bairro há 23 anos.
Para Sérgio Reze, residente do bairro e diretor institucional do Movimento Defenda São Paulo, a conquista do embargo pela SVMA foi uma vitória significativa. Ele destaca que, de acordo com o Geosampa, o mapa oficial da cidade, a área é considerada não edificável.
Ângela Fernandes, fundadora do SOS Bichos, também iniciou um inquérito criminal contra as empresas responsáveis pela obra: Engeterra, proprietária do terreno, e Azeka Participações, que representa o SP Diversões. A ativista visita o parque diariamente para alimentar animais silvestres e realizar resgates na região.
A bióloga Ângela Baeder, moradora da região há 35 anos e conselheira do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES) do Butantã, alerta que o Parque Previdência é um ecossistema com 87 espécies animais e 321 espécies vegetais, abrigando nascentes em sua área e representando um remanescente da Mata Atlântica.
Para assegurar a preservação integral do Parque Previdência, moradores e ativistas criaram o Movimento Defenda o Parque Previdência. No próximo dia 26 de agosto, às 9h, eles realizarão sua terceira grande manifestação no local da obra, na Avenida Eliseu de Almeida, 1820. “Será um protesto contra a obra, mas em favor da vida e da beleza da natureza. Haverá um piquenique coletivo, além de painéis e faixas confeccionados em uma oficina com a colaboração de artistas plásticos”, conclui Angela Baeder.

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