28/07/2023 às 00h27min - Atualizada em 28/07/2023 às 00h27min

A cada dia aumentam mais pessoas acampadas na Av. Gastão Vidigal junto à Ceagesp

A Avenida Gastão Vidigal acabou se tornando um grande ponto de concentração de pessoas em situação de rua. Possivelmente pela proximidade da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), um grande número de pessoas acaba acampando no local, sem nenhuma estrutura de moradia ou de saúde. Com a chegada do frio, a situação é ainda mais grave, apesar da comunidade local auxiliar com alimentos e roupas. Mas é o momento da poder Executivo agir e deslocar mais de uma centena de pessoas para abrigos, exigindo a remoção e dando condições dignas de vida para todos.

Depoimentos já apontavam situação
“Está avenida vai acabar ficando como a ‘Cracolândia’. Não tem que incentivar nada nessa avenida toda suja, com resto de comida jogada, e sim arrumar abrigos para preparar para uma vida melhor com trabalho e não ficar dependendo de doações. Há montanhas de cobertores limpos, e os usados formam montanhas nas calçadas junto com as roupas que descartam. Contam com um batalhão de varredores para recolherem seus lixos.  As mulheres estão com unhas bem esmaltadas e todos tem dinheiro para comprar cigarros e celulares em punho“. A.Z.

“Pessoal, alguém aqui faz voluntariado na região? Com o pessoal de rua da CEAGESP? Estou buscando algum grupo para me unir em ações. Alguém?” G.R.C.

“Sua vontade de ajudar é louvável mas o ideal é que seja da forma correta, a começar por retirá-los das ruas… Imagino que ninguém ache normal um ‘canteiro de zumbis’ a céu aberto…” J.C.

“Moradores arrecadam doação em dinheiro e roupas. Todo último domingo do mês se dividem em duas equipes, uma na zona sul e outra região do Ceagesp, onde distribuem as doações e servem refeições. Precisam muito de voluntários”. R.K.

“Os moradores acampados preferem onde estão. Não vão para abrigos. São afastados, e não gostam. Lá teriam orientações de recomeço de vida para não viverem acampados dependentes de doações. Alegam que tem mais doações e a comida é mais variada.” Z.S.

“Cada um sabe de si, das suas condições, limitações e escolhas, cabe a nós respeitar, no mínimo. E respeitar quem tem condições e disponibilidade de se dedicar a um trabalho voluntário. Na verdade, agradecer a todos. Enquanto tivermos 15% da população do país vivendo na faixa da miséria, passando fome, teremos pessoas vivendo nessas condições, sobretudo ao lado do CEAGESP, onde podem conseguir comida com mais facilidade.” P.D.P.
Questionada sobre o tema, a Prefeitura não retornou até o fechamento desta edição.

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