12/05/2023 às 00h27min - Atualizada em 12/05/2023 às 00h27min

​Comunidade continua a luta pela ampliação e preservação do Parque Burle Marx

Moradores lutam por melhorias para o Parque Burle Marx. Um abaixo-assinado já circula pedindo a ampliação e preservação da área. Comunidade pede a desapropriação do terreno que cerca o local, em troca de potencial construtivo em outra área, para amenizar os efeitos nocivos da verticalização da região. 

Potencial construtivo
O documento aponta para “a desapropriação ou a aceitação da proposta do fundo imobiliário Panamby para ceder a área ao redor do Parque Burle Marx para a Prefeitura, em troca de potencial construtivo em outra região, viabilizando sem custo a ampliação do parque, para todo o bem da população de São Paulo e da natureza. Essa área é única!”. Os organizadores atestam que a iniciativa “necessita ser incluída no Quadro 7 do Anexo III - Parques Municipais existentes e propostos na revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, aprovado pela Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014”.
De acordo com a Câmara de Vereadores, a Audiência Pública presidida pelo vereador Rodrigo Goulart (PSD), relator da revisão do PDE e membro da Comissão de Política Urbana teve considerações sobre a preservação e a ampliação de áreas verdes na zona sul da capital. 

Sociedade civil
Representando a SOS Panamby, o advogado Roberto Delmanto Júnior defendeu a preservação e a ampliação do Parque Burle Marx, localizado na Vila Andrade, zona sul. “Não existe Mata Atlântica na beira do rio Pinheiros como naquela área, e a única maneira de se proteger aquela Mata Atlântica é com a ampliação do Parque Burle Marx, incluindo no Quadro 7 os terrenos da área envoltória do parque”.
O botânico e paisagista Ricardo Cardim também pediu a conservação da Mata Atlântica local. Amanda Signorini é da Associação Amigos do Panamby. Ela falou sobre a influência das áreas verdes na melhora da qualidade de vida da população e trouxe números da região de Campo Limpo para ilustrar o debate. “São Paulo, que não é nenhuma referência, tem 62 metros quadrados de cobertura vegetal por habitante. Campo Limpo tem menos de 14 (metros quadrados). Por isso estamos aqui trazendo esses números, para sensibilizar. Além disso, vivemos em uma área de alta vulnerabilidade social, que impacta ainda mais na necessidade de áreas verdes nesta região”.
A conselheira participativa municipal Ana Aragão, da SOS Panamby, também cobrou a inclusão de parques no PDE. “O Executivo não colocou, apesar dos pedidos constantes e de todas as manifestações que estamos fazendo, o Parque Burle Marx no Quadro 7 do Plano Diretor. Assim como não colocou o Parque Linear Caxingui (região do Butantã, zona oeste)”.

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