21/04/2023 às 00h39min - Atualizada em 21/04/2023 às 00h39min

​Pancadões nunca terminam no Morumbi e Butantã

Festas de rua podem estragar noites de sono e atrapalhar a rotina de uma vizinhança. Moradores do Butantã e Morumbi reclamam do barulho que se prolonga em madrugadas, durante todo o fim de semana. Comunidade informa que os pancadões continuam ocorrendo quase que semanalmente na região.

Depoimentos apontam insatisfação
"Os moradores de Vila Sônia, Vila Suzana e parte do Morumbi não tem sossego um fim de semana com os famigerados 'pancadões' do Colombo e do Paraisópolis. Começam no sábado e só terminam na segunda de madrugada". A.V.

"Moradores da comunidade do Jardim Colombo e Paraisópolis, em sua grande maioria são contra e condenam os 'pancadões'. Mas a PM e GCM não tem autorização para interromper os eventos apos o seu início. Por que então não proibem? Já sabem os locais, que são anunciados nas redes sociais. É medo ou 'política' da boa vizinhança?" L.B.

“Moro na Vila Rizzo e alguém sabe de onde vem exatamente o funk que incomoda nas madrugadas de sábado? O som vem da direção das matas da USP, atrás das nascentes do Iquiririm. Estou trabalhando no grupo 'Frente Butantã Contra A Poluição Sonora - Ação Já'! e vamos tomar providências urgentes. ” L.W.

“Aqui na comunidade do Sapé está insuportável o barulho de pancadões som de carro ligados. Estou próximo a duas ruas e não consigo dormir.” E.R.

“O problema é que estamos largados a própria sorte. A PM, se você liga para reclamar, te transferem para um 'vazio' e ninguém atende. As comunidades apostam de quem é o melhor som, quantidade de pessoas e nisso, a gente ‘paga o pato’. ” P.S.A.

“O ex-prefeito Haddad não faz leis, mas propõe. Portanto, com todo o respeito, mas quem 'normalizou' isso foi ele sim, na época de prefeito. Desde quando esse desrespeito é expressão cultural?” R.F.

“Ele autorizou bailes funk. Disse que faz parte da cultura de rua. Não sei onde.” P.A.A.

“Infelizmente estamos à mercê dessas situações e a polícia não irá fazer nada. Podem acionar e fazer quantos boletins quiserem, pois a ordem dos comandants é ficar longe de qualquer intervenção que venha desgastar a imagem da corporação. E quem sofre com isso somos nós.” M.A.K.

“É na Comunidade São Remo, pelo que já ouviu falar, mas ocorre na madrugada de segunda. Começa por volta das 22:00 do domingo e vai até às 5:00 da segunda. Uma falta de respeito com trabalhadores, idosos, crianças, autistas, internos do hospital próximo. Alguém precisa tomar uma atitude mesmo!” A.G.

“Na verdade, esses pancadões tem em todas as comunidades, São Remo, 1010, Polope, Inferninho, Sapé, Jaqueline, Mandioquinha, Mutirão. Seria bom uma reunião com os líderes comunitários e a polícia teria que estar presente para ajudar a mediar essa conversa...” M.L.

"Isso é um problema público, o Estado em si deu poder para as facções atuarem dentro das comunidades. Resultando no que presenciamos hoje em dia, difícil acesso dos órgãos competentes (Polícia) conseguirem acesso dentro desses locais! Lamentável.” D.P.

“A polícia não age sem reclamação. Tem que registrar reclamação e representar no BO coletivamente. 2 ou 3 se juntam e registram o BO e ficam em cima cobrando! Isto pode funcionar...” L.W.

“Falta de políticas públicas e ausência do Estado resultam em poder para facções e milícias, que acabam por oferecer para a sociedade o que o Estado não oferece. Acho bem difícil ação da PM neste caso... é bem complexo! Vale tentar e vale pela organização social, mas...” C.W.

Operação Paz e Proteção
A Polícia Militar realiza constantemente a “Operação Paz e Proteção” para combater perturbações de sossego e "pancadões" em todo o Estado, incluindo as regiões citadas pela reportagem. Para isso, são efetuados bloqueios nas vias com equipes de viaturas de quatro ou duas rodas, bem como policiamento ostensivo visando coibir aglomerações e manter a ordem pública. Além disso, o policiamento segue intensificado por meio da “Operação Impacto”, com mais de 17 mil homens e mulheres nas ruas.
As áreas de maior incidência de eventos são previamente mapeadas, inclusive com uso de informações recebidas por meio das denúncias no 190. Uma vez detectado o evento em andamento, são desenvolvidas ações de restabelecimento da ordem dentro dos limites da lei e preservação da integridade física das pessoas, sejam elas participantes ou não. 
Festas de rua podem estragar noites de sono e atrapalhar a rotina de uma vizinhança. Moradores do Butantã e Morumbi reclamam do barulho que se prolonga em madrugadas, durante todo o fim de semana. Comunidade informa que os pancadões continuam ocorrendo quase que semanalmente na região.

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