10/03/2023 às 00h27min - Atualizada em 10/03/2023 às 00h27min

​Alagamentos caem pela metade na região de Pinheiros

Serviço de zeladoria da cidade realizou 1,6 mil limpezas de bueiros. Prefeitura quer elevar multa para descarte irregular

O mês de fevereiro é um desafio para a limpeza urbana de São Paulo. Além do Carnaval, que reúne tradicionalmente milhões de foliões e exigiu o recolhimento de 75 mil toneladas de resíduos somente na região da Subprefeitura de Pinheiros, os trabalhos contra enchentes seguem em ritmo acelerado em toda a cidade, seguindo o planejamento da Prefeitura de São Paulo com o Plano Chuvas de Verão. 
Neste ano, o serviço de limpeza de bueiros esteve sob holofotes devido ao índice pluviométrico acima do normal. O volume de chuvas foi o maior desde 2020 e o terceiro maior nos últimos 80 anos, mas, apesar do aguaceiro, o número de pontos de alagamento na região da Subprefeitura de Pinheiros caiu 55% em relação ao registrado no mesmo período de 2020, segundo dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo.
Em fevereiro deste ano,  a Ecoss Ambiental, empresa contratada pela Prefeitura de São Paulo, realizou cerca de 1,6 mil limpezas de bueiros, bocas de lobo e bocas de leão somente na região da Subprefeitura de Pinheiros. A cada limpeza, os profissionais da Ecoss Ambiental fotografam o serviço executado, com imagens georreferenciadas, para o relatório de evidências de realização do trabalho enviado à Prefeitura. 
Na ocasião, também preenchem um relatório quando são constatadas evidências de ramal obstruído, necessidade de limpeza mecanizada, tampas de bueiros e bocas de lobo lacradas e sarjetas quebradas. Quando verificada a obstrução de ramais, a Ecoss Ambiental encaminha relatório para a subprefeitura responsável no mesmo dia para que o serviço seja realizado pelo prestador contratado pela Prefeitura.
No mês de fevereiro, de cada dez bueiros limpos, quatro apresentavam ramais entupidos ou obstruídos na região, em alguns casos por presença de concreto nas tubulações por negligência de construtoras.

Intensificação da fiscalização.
Outra medida que pode ajudar a melhorar a microdrenagem em São Paulo foi a decisão do prefeito de encaminhar à Câmara Municipal, no último dia 2, um Projeto de Lei (PL) que aumenta para R$ 30 mil a multa para quem descartar cimento de obras em vias públicas. 
O PL prevê também multa de R$ 25 mil para quem depositar entulho, terra e resíduos de massa maior que 50 quilos em vias públicas e de R$ 2 mil para quem acumular resíduos sólidos em locais não autorizados pelo Poder Público. Na avaliação da Prefeitura, o descarte irregular de lixo em vias públicas, além de atrapalhar o trabalho de limpeza pública, custa R$ 4 milhões ao mês aos cofres públicos” por “ao município. 
“Não é possível que atitudes de pessoas irresponsáveis comprometam a vida de toda uma cidade”, afirma o prefeito Ricardo Nunes. “Em épocas de chuvas, como a que estamos passando, o problema se agrava enormemente com os entulhos e lixos depositados irregularmente, que acabam entupindo bueiros atrapalhando, a vida de todos os munícipes.” A expectativa da Prefeitura é que o PL possa ser submetido à primeira votação já na próxima semana.
O cidadão pode contribuir para a melhoria da drenagem no município não descartando lixo nas vias públicas, deixando o seu lixo domiciliar em frente ao imóvel pouco antes da passagem do caminhão de coleta, utilizando ecopontos para descartar entulho, móveis e restos de poda e denunciando o descarte irregular de carroceiros e caçambeiros pelo telefone 156.

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