10/03/2023 às 00h24min - Atualizada em 10/03/2023 às 00h24min

​Novo governo quer entregar as obras do Monotrilho linha 17-Ouro do Metrô até 2025

O governador Tarcísio de Freitas declarou que deve cancelar o contrato com os atuais responsáveis pelas obras da Linha 17-Ouro do Metrô com obras intermináveis no modelo de Monotrilho. Em entrevista, afirmou ainda que pretende ajuizar e multar as construtoras. A declaração foi seguida apontando, ainda, um prazo para a entrega final do projeto. A Linha deve ser finalizada em 2025 após atrasos denunciados pelo Grupo 1 de Jornais- Gazeta de Pinheiros.
Segundo o Governo do Estado, o processo administrativo para o distrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO) está em andamento. A notificação aponta os atrasos, multas e a possibilidade de suspensão para novos contratos públicos. A atual gestão avalia alternativas legais para a conclusão das obras.

Obras completamente paradas novamente no Monotrilho
A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais já denunciava que as obras do monotrilho que já deveriam ter sido entregues estavam em “marcha lenta”. De acordo com depoimentos, obras  estão completamente paradas. 

Depoimentos apontam problemas
“Obra devagar, quase parando na Av. Roberto Marinho, que começou em 2012. De 3 bilhões que iria custar o trecho todo, agora deve custar 5 bilhões. Deveria ter 17 km. Agora nada. Obra já passou por 4 governadores. Paralisou as obras, acidentes, problemas judiciais. Tudo parado. Só 30% dos contratos foram feitos. Governo precisa dar um prazo final para a obra”. W.L.

"Moradores de rua já tomaram conta do Monotrilho em vários trechos. Pichadores já 'fizeram a festa' nas marquises. Parece obra abandonada, que nem foi inaugurada. Uma lástima!" R.D.

"Trânsito infernal e interrompido em vários trechos da avenida Roberto Marinho, com tapumes de concreto reduzindo parcialmente as pistas de veículos". O.D.

Faltam cinco vigas/trilho
Ao final do ano passado, foi noticiado que, para a implantação da Linha 17-Ouro, as últimas vigas que compõem a via estavam sendo instaladas, assim como a montagem da cobertura das estações e a construção do pátio Água Espraiada. De acordo com informações do site Metrô/CPTM, faltavam apenas cinco vigas-trilho da Linha 17-Ouro no trecho da Marginal. Já o G1 afirma que, após Metrô assinar aditivo ao contrato, as obras ficaram quase R$ 14 milhões mais caras.

Primeiro trem da Linha 17-Ouro está na China
A composição é chamada de cabeça de série e serve de referência técnica para a fabricação de outras 13 que vão atender a futura linha. O monotrilho vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos. O trem exibido na videoconferência está na fábrica da empresa BYD, na cidade chinesa de Shenzhen, e deve chegar a São Paulo. Cada composição será formada por uma cabeça de série e cinco vagões.
Elas operam com tração elétrica, sustentadas por pneus que andam sobre vigas de concreto de 80 centímetros de largura. O funcionamento pode ser totalmente automático, sem necessidade de operador, com a utilização do sistema UTO (Unattended Train Operator).
Cada trem terá 72 assentos e capacidade de transportar cerca de 600 pessoas em condições confortáveis. Contará também com passagem livre entre os cinco carros, sistema de ar-condicionado e câmeras de monitoramento com gravação de imagens.
A Linha 17-Ouro terá 8,3 km de extensão total – incluindo trechos de manobras e pátio –, com oito estações que vão do Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da CPTM e conexão às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.

Linha 17 será concedida à ViaMobilidade
Em 2018, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) realizou o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô. O objetivo de ceder a operação comercial das duas linhas ao setor privado, pelo período de 20 anos, foi atingido e o vencedor do certame foi o Consórcio Viamobilidade (formado pelas empresas Ruasinvest e Grupo CCR).

Plano de Expansão
O primeiro trecho do monotrilho, que terá uma extensão de 7,7 km operacionais, interligará a Linha 9-Esmeralda da CPTM na Estação Morumbi, com a Linha 5-Lilás do metrô (operada pela ViaMobilidade) na Estação Campo Belo e o Aeroporto de Congonhas, na estação Congonhas.
Outros dois trechos, que devem passar pelo Cemitério do Morumbi e Paraisópolis para se conectar à Linha 4, Amarela, do Metrô, seguem sem programação definida. De acordo com Joubert Flores, Diretor de Engenharia da BYD Brasil, essa parceria trará mais segurança aos usuários, que poderão contar com um serviço de mais qualidade e disponibilidade, com a garantia de que as obras seguirão todas as regulamentações e certificações previstas. 

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