19/01/2023 às 22h47min - Atualizada em 19/01/2023 às 22h47min

​Santo Amaro comemorou 471º aniversário com missa na Catedral do bairro

No último domingo (15), Santo Amaro comemorou seus 471 anos de fundação com uma missa celebrada pelo bispo diocesano de Santo Amaro, Dom José Negri. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes participou da celebração e destacou que a Prefeitura vem realizando várias obras na região para melhorar a qualidade de vida.
Nunes citou a coincidência de que do bairro mais velho que a capital fazer aniversário dias antes da cidade de São Paulo. “As festividades aqui em Santo Amaro vão coroar as ações do dia 25 de janeiro. Posso destacar que temos um projeto de fazer o eixo histórico de Santo Amaro, já fizemos a mudança da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para um lugar mais amplo e a melhora da mobilidade da região, especialmente, com o hidroviário das represas Billings e Guarapiranga”, disse. “Mas o cuidado é com a cidade toda”, completa o prefeito.
O Bairro de Santo Amaro está comemorando 471 anos de sua fundação como município de Santo Amaro. É dois anos mais velho do que a própria capital. Esteve independente por 103 anos, quando em 1932, foi transformado em bairro da cidade de São Paulo. As comemorações de aniversário tiveram início no sábado (14) e se estenderão até o dia 31 de janeiro.

História
Em junho de 1556, na Capitania de São Vicente, os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: Casa de São Vicente (São Vicente); Casa de São Paulo da Companhia de Jesus (São Paulo) e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas.
José Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das várias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba percebeu que, devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores. Para tanto se fazia necessário a construção de uma capela, necessitando, então, de uma imagem a quem esta capela seria dedicada. Sabia-se que pela região de Cupecê moravam João Paes e sua esposa Suzana Rodrigues, possuidores da imagem de um santo de sua devoção. Ao saber da proposta de Anchieta sobre a criação de um povoado, o casal doou a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para a capela “feita de taipa de pilão, não forrada”.
Era uma época pioneira, marcada por fatos notáveis, como os relatos de milagres de José de Anchieta; os registros sobre o caminho dos índios guaranis que, passando por Ibirapuera, iam até a Cidade de Assuncion, no Paraguai; ou ainda a criação, em Ibirapuera, do primeiro engenho de ferro do Brasil, com minérios existentes na região. Isso em 1606.
Em 1686, o Bispo do Rio de Janeiro, D. José E. Barros Alarcão, confirma a capela curada em Ibirapuera, distrito de São Paulo, elevando o povoado a categoria de freguesia, com o nome de Santo Amaro.
E por muito tempo a região será conhecida por diversos nomes indígenas, como: Birapuera, Virapuera, Ibirapuera, Geribatiba, Geribativa, Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, Santo Amaro de Ibirapuera; até que tomasse definitivamente o nome de Santo Amaro.
Em 1829, ocorre a primeira instalação efetiva de uma colônia de imigrantes no Estado de São Paulo, na região de Santo Amaro (Parelheiros).
A 7 de abril de 1833, cumprindo determinação da Câmara Municipal de São Paulo, reúne-se o eleitorado paroquial, elegendo 7 vereadores para a constituição do legislativo da cidade de Santo Amaro, agora sim desvinculada e autônoma. A partir de então Santo Amaro adquire as feições de uma cidade vigorosa. E em 1932, foi transformado em bairro da cidade de São Paulo. 

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