10/11/2022 às 23h16min - Atualizada em 10/11/2022 às 23h16min

​Atrasos e abandono das obras do Monotrilho Linha 17-Ouro do Metrô, custarão mais de R$ 14 milhões ao cofres públicos

Gastando milhões para recuperar as instalações que estavam praticamente prontas, mas estagnadas das escadas rolantes, elevadores e alças de acesso, o Governo anunciou que as últimas vigas que compõem o Monotrilho Linha 17 Ouro do Metrô estão sendo instaladas, assim como a montagem da cobertura das estações e a construção do pátio Água Espraiada. Os trens estão em fabricação na China e está sendo licitada a instalação dos sistemas de alimentação elétrica. A meta finalmente, após atrasos constantes, é concluir as obras em 2023 para a ligação do Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da CPTM na Marginal Pinheiros, com 8,3 km de extensão e 8 estações.
De acordo com informações do site Metrô/CPTM, faltam apenas cinco vigas-trilho da Linha 17-Ouro no trecho da Marginal. Já o G1 afirma que, após Metrô assinar aditivo ao contrato, as obras ficaram quase R$ 14 milhões mais caras.

Primeiro trem da Linha 17-Ouro está na China
A composição é chamada de cabeça de série e serve de referência técnica para a fabricação de outras 13 que vão atender a futura linha. O monotrilho vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos. O trem exibido na videoconferência está na fábrica da empresa BYD, na cidade chinesa de Shenzhen, e deve chegar a São Paulo até o fim do ano. Cada composição será formada por uma cabeça de série e cinco vagões.
Elas operam com tração elétrica, sustentadas por pneus que andam sobre vigas de concreto de 80 centímetros de largura. O funcionamento pode ser totalmente automático, sem necessidade de operador, com a utilização do sistema UTO (Unattended Train Operator).
Cada trem terá 72 assentos e capacidade de transportar cerca de 600 pessoas em condições confortáveis. Contará também com passagem livre entre os cinco carros, sistema de ar-condicionado e câmeras de monitoramento com gravação de imagens.
A construção da Linha 17-Ouro foi retomada pela atual gestão estadual, após a rescisão de contratos parados e novas contratações. As obras em andamento são finalização da via do monotrilho, construção do Pátio de Manutenção Água Espraiada e acabamento de sete das oito estações. A Estação Morumbi da CPTM, última deste trecho em construção, já foi concluída.

Linha 17 será concedida à ViaMobilidade
Em 2018, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) realizou o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô. O objetivo de ceder a operação comercial das duas linhas ao setor privado, pelo período de 20 anos, foi atingido e o vencedor do certame foi o Consórcio Viamobilidade (formado pelas empresas Ruasinvest e Grupo CCR).

Plano de Expansão para chegar ao Estádio do Morumbi
O primeiro trecho do monotrilho, que terá uma extensão de 7,7 km operacionais, interligará a Linha 9-Esmeralda da CPTM na Estação Morumbi, com a Linha 5-Lilás do Metrô (operada pela ViaMobilidade) na Estação Campo Belo e o Aeroporto de Congonhas, na Estação Congonhas.
Outros dois trechos, que devem passar pela comunidade Paraisópolis para se conectar à Linha 4, Amarela do Metrô, passando pelo Estádio do Morumbi, seguem sem programação definida. De acordo com Joubert Flores, Diretor de Engenharia da BYD Brasil, essa parceria trará mais segurança aos usuários, que poderão contar com um serviço de mais qualidade e disponibilidade, com a garantia de que as obras seguirão todas as regulamentações e certificações previstas.

Atrasos
Em dezembro de 2019, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, negou pedido do Metrô para derrubar liminar concedida pela 6ª Vara da Fazenda Pública. A decisão de Primeiro Grau suspendeu licitação para execução de obras civis remanescentes, acabamento, paisagismo, comunicação visual e instalações hidráulicas na Linha 17 – Ouro, sob o argumento de que 207 certidões de “acervo técnico” trazidas pela empresa Constran, no valor de mais de R$ 244 milhões, não seriam hábeis para comprovar patrimônio líquido suficiente para garantir o contrato, colocando em risco sua execução.

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