09/09/2022 às 00h18min - Atualizada em 09/09/2022 às 00h18min

​Vereador questiona obras de possível crime ambiental do Instituto Butantan e Cetesb

Além das questões levantadas pela comunidade, o Legislativo municipal também questiona as intervenções do Instituto Butantan. A Gazeta de Pinheiros/Jornal do Butantã – Grupo 1 de Jornais em apoio às denúncias dos moradores da região, vem acompanhando o processo de um verdadeiro crime ambiental, de corte de mais de 700 árvores frondosas e de obras supostamente irregulares em área tombada, de preservação permanente (várzea do Córrego Pirajussara Mirim) e patrimônio histórico da área de 750 mil m2.
O Butantan que hoje é um destacado centro de pesquisa biomédica internacional, consegue a “licença” da desacreditada Cetesb, que deveria proteger o meio ambiente, mas realiza exatamente o contrário, para atender o ‘Governo para o próprio Governo’, provocando o desmatamento de mais de 15 mil m2, com compensações duvidosas e totalmente desprovidas de fundamento. O Instituto informa se tratar de obras para a ampliação das fábricas de vacina, mas moradores contestam e provam que a informação não é verdadeira.

Legislativo pede explicações e irregularidades são mostradas
Agora, o gabinete do vereador Toninho Vespoli também solicita explicações à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Em documento obtido pelo Jornal do Butantã – Grupo 1 de Jornais, questões sobre o processo de construção das áreas de apoio e edifício garagem junto a Fundação Butantã são levantadas.
Dentre os pontos, está o registro de Licença Ambiental para as obras relacionadas a questões de impacto ambiental em área de APP e Bacia Hidrográfica. Também é questionado se existe junto ao CONDEPHAAT processo referente à construção do edifício garagem sendo que o projeto prevê construção de 6 pavimentos, acima do gabarito da área envoltória do Instituto.
A apresentação do processo junto ao CONPRESP referente a construção dos Edifícios Garagem junto a área tombada e de interesse histórico definida pela Antiga Estrada de Osasco também é levantada, como ainda a existência de processo de licenciamento de obra junto à Prefeitura e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).

Questões duvidosas de obras de expansão
Porém, a comunidade local levanta questões referentes às obras de expansão do Instituto Butantan. O Jornal do Butantã – Grupo 1 de Jornais teve acesso a um documento da ‘Rede Butantã’ que aponta levantamentos sobre o tema.
“Desde 2019, nós, moradores do entorno, temos nos deparado com informações incompletas e díspares sobre um plano de obras de expansão que, portanto, desconhecemos”, informa o texto. Segundo apontam, “são obras de apoio e nos surpreendemos com os projetos que foram licitados pela Fundação Butantan em Editais recentes em julho e agosto de 2022: um restaurante que tem a previsão de custar 65 milhões e para a sua construção está prevista a supressão de 200 árvores de diversas idades, um bosque! Dois prédios de garagem de seis andares e um prédio de apoio que custarão cerca de 110 milhões e que levarão o corte de mais 200 árvores. Serão construídos em área de preservação permanente (várzea do Córrego Pirajussara Mirim) e patrimônio histórico (antiga estrada de Osasco). Acrescenta-se que as obras e os novos usos destas edificações irão gerar intenso impacto sobre as estruturas viárias do bairro, especialmente da Av. Corifeu de Azevedo Marques”.

Depoimento questiona Instituto
“Câmara Municipal faz moção de protesto contra o ‘Instituto’  e a Secretaria de Meio Ambiente. A direção do ‘Butantan’ precisa rever a sua posição. A Cetesb coloca o ‘Butantan’ em situação delicada, pois supostamente está aprovando muitos projetos pela frente, contra o meio ambiente, pois não realiza análises completas e aprimoradas, ou seja, seus profissionais mostram que ‘não saem do escritório’. Foi condenada recentemente pelo Ministério Público em ação no Tribunal de Justiça, pelo licenciamento à Sabesp, do corte indiscriminado de 200 árvores em um bosque plantado pela comunidade há mais de 20 anos, que existia próximo ao Estádio do Morumbi, autorizando no centro do bairro, a construção da Unidade de Tratamento de Água/Esgoto do Córrego Antonico. Mostra que é um órgão politizado e está , comprometendo a lisura do Instituto”, concluem os moradores.

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