09/09/2022 às 00h13min - Atualizada em 09/09/2022 às 00h13min

​Pancadões continuam tirando o sono da população em toda a região

Festas de rua podem estragar noites de sono e atrapalhar a rotina de uma vizinhança. Moradores reclamam do barulho que se prolonga em madrugadas, de quase todos os finais de semana e informam que os pancadões continuam ocorrendo na região.

Barulho na comunidade do São Remo
População reclama dos “bailes do São Remo”, que começa na 6a feira e vai todo o fim de semana. Na comunidade o som altíssimo se espalha por todos os bairros, prejudicando toda a vizinhança. São verdadeiros caminhões equipados com alto falantes potentes que espalham o som por todo o Butantã. A PM precisa agir e apreender os equipamentos e organizadores, como fez recentemente na comunidade do Paraisópolis e enviou todos os responsáveis para 89o. DP.

Depoimentos
“Por duas noites seguidas estamos sendo perturbados por um som muito alto. A música vem de longe e daqui do BNH, Conjunto Residencial Butantã, dá para ouvir a ‘batida’ de música eletrônica, forró, funk…. Revoltante querer descansar e não conseguir. Perturbar o sossego é crime!” C.M.

“É na São Remo mesmo e nas vizinhanças. O barulho é muito alto e veja que moro no ‘Morro do Querosene’, bem longe”. M.L.F.

“Estou no Jardim Bonfiglioli e também escuto perfeitamente. É muito alto”. A.I.

“O som é potente de caminhões de som e vai longe! Pessoal dos bairros do Rolinópolis, Jardim Previdência… todos ouvem. Será que ninguém sabe de onde vem isso?”. C.M.

“E precisa explodir a caixa de som? Se daqui tira o sono, imagina pra quem tá lá colado? Judia hein!”. C.B.

“É crime, mas infelizmente as autoridades não estão nem aí para isso, e a população muito menos.” V.N.B.

“Estou no Jardim Rizzo e também ouvi até 1 h da manhã”. G.H.

“Eu sei de onde vem, é da Vila Gomes! Agora virou festa, todo final de semana praticamente baile funk próximo ao ponto final. Fora isso tem os vizinhos sem noção, que fazem reuniões aos finais de semana para beber, com música e barulho até às 5h da manhã. Vamos se unir a vizinhos que estão movendo ação judicial. Acho que só assim mesmo para resolver, mexendo no bolso. Por que já tentei conversando e além de não resolver, ouvi desaforo!” B.P.

“É sempre assim!   Aqui no Jardim Arpoador, está acontecendo a festa do Círio de Nazaré e não pode ultrapassar as 22 h! O interessante aqui e que tem quem fiscaliza! Diferente do ... PANCADÃO que amanhece o dia, livremente sem serem incomodados.” S.M.A.

“Aqui no Jaguaré também está insuportável! Sou a favor da diversão alheia, mas o direito de um vai até onde começa o do outro. Temos direito de descansar, e este barulho invade nossas casas, muitas vezes até 7h da manhã da segunda feira. Trabalhadores, idosos, bebês, doentes...Todos têm direito ao silêncio e descanso!” M.B.

“Se chamar a polícia resolve, porque aqui onde moro é próximo do Jardim Dracena. Também tem esses ‘funks‘, barulhos no final de semana,   mas tem vezes que é insuportável o barulho. A PM alivia alguns dias e depois volta”. L.L.

“Sei bem o que é isso. Pior são quando escutamos letras das músicas com palavrões obscenos. É revoltante o próximo ter que passar por abuso de outros.   Precisa ter uma lei que proíba tal ‘desgraça sonora’. Providências devem serem feitas.” C.G.

Paz e Proteção
A Polícia Militar, por meio do 23º Batalhão de PMM, informa que operações policiais “Paz e Proteção estão sendo desencadeadas aos fins de semana com foco na solução do problema apontado, além de operações pontuais “Sufoco Integrado” na região que visam propiciar maior sensação de segurança à toda a comunidade. Em nota, ressaltam a importância das solicitações e registros de ocorrência via 190 visando subsidiar as ações de policiamento, assim como o componente registro junto à Delegacia de Polícia que atende à região.

Legislação
Uma lei de autoria do então deputado Coronel Álvaro Batista Camilo, hoje Secretário Executivo da Polícia Militar, que proíbe a emissão de som alto proveniente de veículos ou equipamentos estacionados em vias públicas, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em 2015, prevê multa de R$ 1 mil ao dono do veículo, valor que pode quadruplicar em caso de reincidência. A lei também estabelece a punição em espaços particulares de acesso ao público, como postos de combustível, áreas livres e estacionamentos. Ele informa. ”Vejo com preocupação, pois embora não seja considerado uma emergência policial, podem derivar rapidamente para crimes, além de reduzir a qualidade de vida de todos no entorno de onde acontecem. Os ‘pancadões’ se caracterizam pelo desrespeito às posturas municipais: som alto, bebida comercializada e consumida em locais inadequados, show não autorizado em espaço público. Rapidamente a situação se agrava e o problema se transforma numa questão de segurança pública, em função da venda de bebida para menores, uso de drogas e outros delitos que agravam a situação. Como se vê, trata-se de um problema que exige um trabalho conjunto e integrado da Prefeitura e as forças policiais. As ações devem ser com uso de ferramentas de inteligência, mapeando os locais onde acontecem e ocupando esses espaços por antecipação, evitando que os pancadões se instalem”.

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