19/08/2022 às 00h36min - Atualizada em 19/08/2022 às 00h36min

​Insegurança continua preocupando a população da região oeste

População registra novamente ocorrências na região. São muitos os casos de arrastões, furtos e assaltos, causando sensação de insegurança. Situação poderia ser pior caso não fosse a união da sociedade e a ‘Vizinhança Solidária’. Perdizes tem “arrastão” e Pinheiros e Butantã tem aumento de roubos com motoqueiros

Câmeras de segurança flagram ‘arrastão’
Criminosos fizeram um arrastão esta semana em Perdizes, um dos bairros mais tradicionais da região. Todas as vítimas eram motoristas que ficaram sob a mira das armas. Somente no primeiro semestre deste ano foram registradas 1.300 ocorrências de roubo na região, que era considerada tranquila. Número 45% maior do que o registrado em 2021. O grupo armado roubou no mínimo dois carros, que usaram para cometer outros crimes.

Depoimentos apontam insegurança
“Tá que tá difícil viver na Vila Madalena. Assalto à mão armada na Praça do Mangue, às 19 da noite de ontem (7/8).”J.D.

“Ai, que medo” K.C.

“Não é só na Vila, não. É em todo lugar. Isso é reflexo da miséria”. S.L.

“Ontem à noite também aconteceu outro assalto à mão armada na esquina dos predinhos do BNH com a Natingui, próximo à padaria Leticia.” F.P.

“Relato aqui, sobre um assalto que sofri na porta de casa, no Jardim Pinheiros-Butantã na noite terça-feira (9/8). No mesmo dia houve um assalto na mesma rua, por volta de umas 17h30. No dia 11, próximo das 19h30, um amigo meu que mora há uns 400 metros de mim sofreu uma tentativa de assalto por um motoqueiro enquanto passeava com o cachorro. Sorte dele que estava sem nada e o indivíduo foi embora. Isso aqui está virando zona de guerra. Estamos falando de um único quarteirão.” C.C.

“Aqui no Jardim Ester contratamos uma empresa ótima de segurança. O valor fica bem acessível para cada casa. E eles nos acompanham na entrada e saída de nossas casas. Eu estou gostando bastante e bem mais segura. Saiu até esses dias na TV quando tentaram assaltar umas pessoas que estavam chegando em casa e eles estavam na hora e pegaram os bandidos.”L.R.

“Não postou no nome da rua e qual a Vila? Moro na Vila Butantã e nós moradores contratamos uma empresa de segurança. Eu mando ‘zap’ informando que estou chegando, e eles estão de pronto a minha porta, ajuda e muito na segurança.” C.L.

“Eu pergunto: os assaltados fizeram BO? É muito importante fazer o Boletim de Ocorrência para que essas ruas entrem na estatística de locais com mais assaltos. Só assim haverá mais policiamento nesses locais.” R.A.

“Enquanto as leis não forem mais rígidas para os bandidos estamos sem o direito de ir e vir enquanto eles passeiam nós seres de bem ficamos presos sem direito a saidinha”. L.C.

“Pessoas que moram em casas têm que colocar câmeras, o que já ajuda na identificação dos bandidos e também contratar empresas de segurança, além de conversar com todos os vizinhos da rua”. A.M.F.

“Que absurdo, não podemos nem passear com o cachorro. Gente sinceramente eu não posso ver um motoqueiro que já entro em pânico”. S.M.

“O Butantã está perigoso demais. Onde está a polícia que não vemos por aqui!” A.S.

“É raro a presença de viaturas andando pela Av. Eiras Garcia. Temos medo até de colocar o nariz já rua.” S.I.

“Essa semana presenciamos um assalto na Praça dos Brancos do Jardim Bonfiglioli. Local está perigoso.” P.S.B.

“Está o caos e vem piorando.” A.K.

“Olha, tenho visto muitas dessas publicações sobre isso. Sabemos que o bairro está cada vez pior. Isso me deixa muito apreensiva, até porque meu filho chega tarde e desce na Av. Eiras Garcia no Jardim Bonfiglioli. Acredito que se deve fazer boletim de ocorrência para qualquer tipo de roubo.  Está dando medo de andar pela rua.” S.I.

“Meu filho foi assaltado e roubaram o salário do mês todo e além de tudo, deram um soco no olho e está com a retina deslocada, sem consegui enxergar”. D.O.

“Ontem (14/8) fui assaltada perto de onde eu moro, perto da Avenida Eiras Garcia e roubaram uma bolsa preta grande, com um monte de coisa dentro. Se alguém achar entrar em contato comigo obrigado”.M.G.(Grupo SOS Moradores do Butantã e Arredores do Facebook)

Cenário poderia ser pior
Com a insegurança rondando a região, um grupo de moradores tem se unido em grupos de conversa para monitorar a situação. As reuniões do Conseg-Conselho de Segurança são uma plataforma para aprimorar as questões ligadas ao tema, além de serem um canal direto com os órgãos competentes. A ideia de ‘Grupos de Vizinhança
Solidária’ é aglutinar e organizar em busca do entendimento e da implementação das ações possíveis. Porém, moradores continuam procurando soluções.
A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais relembra uma conversa com Jorge Eduardo de Souza, Presidente da SAMOVIS – Sociedade Amigos do Morumbi e Vila Suzana sobre a situação local.
Gazeta de Pinheiros - Que ações a comunidade tem tomado como iniciativa própria? Conta com o auxílio do poder público?
Jorge Eduardo de Souza - A força policial do Morumbi tem estado presente e mostrado muita eficiência. Mas há muito o aparato publico já se mostrou insuficiente para os dias atuais, seja numericamente ou em mesmo na atualização de equipamentos e no emprego de tecnologia. Falta adequação dessa força à realidade dos fatos atuais. Falta investigação profunda, rápida e eficaz em cada latrocínio. Falta formulação de estratégias de curto, médio e longo prazo, e isso depende muito dos elevados escalões da segurança e da justiça municipal, estadual e federal, que parecem não ter qualquer plano, e essa aparente falta de planos transfere as insatisfações da opinião pública para esses policiais abnegados, que vão pra luta desprovidos do mínimo, expondo suas vidas em condições operacionais e salários nada motivadores, e ainda assim pouco reconhecido por aqueles que protegem. Falta convergência dessa força com a comunidade que defende. Falta na comunidade a percepção dos limites públicos e da necessidade de aportar recursos e esforços privados para cobrir essa lacuna, mas sempre em harmonia com a força publica  e  nos limites dos orçamentos privados 
GP - O que motivou o grupo de discussões sobre o tema?
JES - O desespero vem exigindo a necessidade de agir. O crime esta organizado e trabalha unido, enquanto que os moradores estão desunidos, desinformados, desanimados e desorganizados, e todas essas características enfraquecem a comunidade e anima o crime. E são características que podem mudar sem custos, apenas com a vontade de fazer e com a crença de que isso é possível, pois só depende da nossa consciência e da nossa vontade.
GP - Ele é aberto à comunidade? Como é possível acessá-lo?
JES - Criamos o grupo de WZ “SAMOVIS – Vizinhança Solidaria”, como uma tribuna virtual para unir a comunidade e preparar estratégias contra a violência. O adesão ao grupo é livre nesse primeiro momento, mas exige engajamento, comprometimento e responsabilidade, e esta facilitada nessa faze por esse link:  https://chat.whatsapp.com/BPYpqtm082iIPzPibutaiB . No momento seguinte, cada adesão será avaliada e monitorada, e esse monitoramento visa indicar ajustes do grupo ao perfis adequados e com o objetivos alinhados.

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