12/09/2024 às 22h42min - Atualizada em 12/09/2024 às 22h42min

Setembro em Flor: Grupo EVA promove pelo quarto ano consecutivo a campanha que alerta sobre câncer ginecológico

Objetivo da campanha, criada em 2021 pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) é voltar a disseminar, em 2024, informação para a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero, ovário, endométrio, vulva, vagina, entre outros cânceres do aparelho reprodutor feminino, que acometem mais de 32 mil brasileiras a cada ano. Pelo segundo ano consecutivo, a atriz Marieta Severo será a madrinha da campanha. 
O símbolo da campanha é uma flor, com pétalas de diferentes cores, sendo que cada cor representa um dos cinco tumores ginecológicos (colo uterino, corpo uterino, ovário, vulva e vagina). A flor é um símbolo de vida, pureza, feminilidade, fertilidade, o que representa bem a mulher. A campanha, idealizada há quatro anos pela oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, diretora do EVA e coordenadora de Advocacy, explica que a ação surgiu de uma carência de conhecimento da população brasileira sobre os tipos de câncer que acometem o aparelho reprodutor feminino.  Pelo segundo ano consecutivo, a atriz Marieta Severo será a madrinha da campanha. 
“É de extrema importância que a campanha ajude as mulheres a se mobilizarem para a prevenção e o diagnóstico precoce por meio do exame de Papanicolau e a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV)” alerta a oncologista clínica e vice-presidente do EVA, Graziela Zibetti Dal Molin. O exame de Papanicolau e a vacina contra HPV estão disponíveis e acessíveis na rede pública. Alguns cânceres podem ser silenciosos, assim é válida a conscientização para um rastreio controlado por meio de exames de rotina, atenção para sintomas persistentes e busca por assistência médica. Nesse sentido, promover educação e ensino em câncer ginecológico é um dos focos do grupo, que busca trabalhar em parceria com outras associações médicas e não médicas para melhor assistência à paciente com câncer ginecológico.

Câncer ginecológico em números
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para 704 mil novos casos de câncer em 2024. O câncer ginecológico é um dos mais incidentes nas mulheres, sendo que os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos são os de colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio), que somam 32,1 mil novos casos anuais, representando 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas brasileiras.
Do total de mulheres do país que recebem, anualmente, o diagnóstico de algum câncer ginecológico, a maioria apresenta câncer do colo do útero: são aproximadamente 17 mil novos casos previstos em 2024. Em seguida está o câncer de corpo do útero (endométrio) com 7.840 casos, seguido por câncer de ovário com 7.310 casos. O câncer de ovário é o mais mortal entre os tumores ginecológicos e frequentemente descoberto em estágio avançado. Outros dois tipos, câncer de vulva e vagina, também entram nesse grupo, mas para eles não há dados nacionais oficiais de novos casos por ano.
Sintomas de alerta dos tumores ginecológicos - Os cânceres ginecológicos podem se manifestar de diferentes formas. Em estágios iniciais, podem ser assintomáticos, mas é importante ficar alerta a alguns sintomas persistentes, que necessitam de investigação, como: 

Sangramento vaginal fora do ciclo menstrual;
Sangramento vaginal na menopausa;
Sangramento vaginal após a relação sexual;
Corrimento vaginal incomum;
Dor pélvica;
Dor abdominal;
Dor nas costas;
Dor durante a relação sexual;
Abdômen inchado;
Necessidade frequente de urinar;
Lesão na vulva ou vagina;
Coceira persistente em vulva ou vagina.
 
Diagnóstico de câncer ginecológico - Em caso de suspeita de câncer ginecológico é necessário realizar uma série de exames minuciosos para definir o histórico correto da paciente e chegar ao diagnóstico preciso, tais como: ultrassom; radiografia; tomografia computadorizada; ressonância magnética; tomografia por emissão de pósitrons. Após esses exames é necessário que seja feita uma biópsia, para confirmar o diagnóstico. É fundamental que as mulheres estejam cientes dos sinais e busquem avaliação médica regularmente, permitindo assim o diagnóstico precoce, que pode fazer diferença no tratamento e na sobrevida.
Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma associação sem fins lucrativos, atualmente presidida pelo ginecologista oncológico Glauco Baiocchi Neto, gestão de 2022-2024, composta em sua maioria por médicos, com missão de combate ao câncer ginecológico, com foco na educação, pesquisa e prevenção, promovendo apoio e acolhimento às pacientes e aos familiares. https://eva.org.br/.

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