28/02/2020 às 16h01min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h36min

Vila Madalena Baixa renasce com cultura e comércio

Antes discriminadas e preteridas por estar na região mais baixa da Vila e sofrer constantes enchentes, três ruelas de uma quadra, delimitadas pelo cemitério São Paulo e limítrofe com Pinheiros, têm repaginado o cenário com o aquecimento no comércio criativo e atividades culturais. São elas: ruas Horácio Lane, Belmiro Braga e Padre João Gonçalves. De olho na localização (entre a Inácio Pereira da Rocha e Cardeal Arcoverde) as construtoras já investem no perímetro. Recentemente, a Horácio ganhou seu primeiro prédio e, em breve, a Padre Gonçalves também terá o seu. As casas prevalecem. São nelas que o movimento acontece. O que passa atrás das portas – muitas não identificadas – é outra história. São Ongs, cursos de dança, de música, de cerâmica, studios de fotografia, empresas de software, bares, restaurantes... um rol de ações. A Belmiro Braga sai na frente com endereços como #oscapoeira do mestre Dalua (marido da atriz Marisa Orth) - que também tem bloco de carnaval; o Jardim Bar, onde se pode comprar plantas; e, claro, o Centro Cultural Rio Verde do musicista Guga Stroeter, com jardim, teatro e palco para shows. Há muitos outros points atraentes, como o Campusb, agência especializada em intercâmbios acadêmicos; o Goela Bar, com música e jardim; o Vila na vila, espaço improvisado com várias opções de comida e música ao  vivo; o Vai ter comida, restaurante com cardápio vegetal; a Arara criativa, lugar de moda alternativa e bazares; o Worldpaper, casa de cultura do papel japonês washi; o Studio Mazzacanteras, de fotografia etc. Na Padre Gonçalves, em cuja esquina com a Inácio já existem o clube AK Bar e o Laranjeiras Bar, o caldo começa a engrossar com a chegada de duas novos marcas: a Inspetor, empresa de software (ainda sem mídia) e a Bruno Moreno Studio, que produz vasos customizados. Mais devagar, a Horácio, colada ao cemitério, já soma lugares como a Verdeiro Josephina, com plantas para interiores; o tradicional Ó do Borogodó, bar de MPB, samba e chorinho; além de ateliês, cursos, costureiras, assessorias... e uma estação de bike Itaú. No meio de tudo, o Beco do Nigazz - ou Aprendiz -, point de grafite ainda mais apropriado que o do Batman. A empresa Nike tem interesse em revitalizar a quadra de esportes. Mas isso é outra história. A região precisa de mais segurança, iluminação e limpeza de bueiros para evitar - ou retardar - alagamentos. Não se pode ignorar o rio (Verde) que corre no subsolo em boa parte do terreno. São esses problemas que levam muitos moradores e investidores a deixar o lugar, apesar da ótima localização. Além, claro, da especulação imobiliária que elevou o valor dos imóveis. Se há cerca de cinco anos era possível comprar uma casa por R$ 1 mi, hoje a maioria beira os R$ 3 mi. Texto: Blog da Vila


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