28/02/2020 às 15h14min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h36min

Todos reclamaram do Carnaval, até os foliões

Reclamações de moradores, entidades, comunidade e até dos foliões foram a tônica do Carnaval este ano em toda a região oeste, principalmente em Pinheiros e Vila Madalena. Para a população nada mudou em relação aos anos anteriores. É certo que houve melhora na organização e policiamento, mas o número de blocos foi o maior de todos os tempos e os participantes penalizaram os ‘blocos piratas’, assédio e até violência policial. As ruas continuaram sendo palco de tentativas de assalto e furto, que resultou em dois feridos a tiro. As avenidas Faria Lima e Henrique Schaumann receberam megablocos com milhares de integrantes.   Segurança e tiros A Operação Carnaval Mais Seguro levou às ruas, diariamente, uma média de 22 mil policiais em todo o Estado para garantir a segurança da população durante os quatro primeiros dias de folia. Desde a madrugada do dia 21 até o início do dia 25, 148,5 mil pessoas foram abordadas. Deste total, 1.324 foram detidas. Na avenida Henrique Schaumann, um homem baleou duas pessoas. Ao perceber que estava sendo furtado, sacou o revólver e atirou, atingindo o tórax do ladrão. O tiro atravessou o pulmão e acabou acertando a perna de uma jovem foliã de 17 anos que estava aproveitando a festa. O homem fugiu na sequência e os atingidos foram levados a hospitais na região.   15 milhões nas ruas Mais de 15 milhões de pessoas, nos seis dias de Carnaval, desfilaram pelas ruas da cidade e o número de foliões foi muito maior do que em 2019. A região de Pinheiros e Vila Madalena bem que tentou realizar uma melhor infraestrutura para receber os foliões, mas não conseguiu frear os blocos e carros de som clandestinos e os roteiros nas vias continuaram prejudicando o comércio e restaurantes de toda a região, pois a promessa de bloquear as ruas por períodos curtos não foi cumprida pela Subprefeitura. Moradores também amargaram acúmulo de lixo, badernas até altas horas e arrastões de assaltantes.   Elogios no Largo da Batata Circuitos que em anos anteriores apresentaram problemas, como o Largo da Batata, este ano foi de uso e circulação exclusivo das autoridades e os blocos foram direcionados, em sua maioria, para grandes avenidas. O contingente de policiais militares, GCMs, agentes de trânsito e equipes de limpeza também foi redimensionado, levando em conta o crescimento do evento, mas blocos clandestinos e arrastões com milhares de foliões, com assaltantes em seu interior, continuaram invadindo a região.   Crescimento De acordo com a Prefeitura, o número total de banheiros disponíveis foi 80% maior que no ano anterior, mas ainda não foram suficientes e muitas reclamações dos foliões foram anotadas.  Tivemos este ano 20 postos médicos montados nos pontos de maior tráfego e ao lado de cada um dos postos médicos, foram montadas pela Prefeitura Tendas de Acolhimento, uma ação conjunta das secretarias da Cultura, Saúde e Direitos Humanos. Nas tendas houve os chamados “anjos” e “anjas” (voluntários para atuar contra o assédio nos desfiles), advogadas, psicólogas e assistentes sociais.   Trânsito Para garantir a segurança no trânsito, os agentes também realizaram fiscalizações de 100,3 mil veículos. Os condutores foram submetidos ao teste do etilômetro. Ao todo, 4.096 foram autuados, sendo 1.120 por dirigir sob influência álcool ou substâncias psicoativas (o Art. 165 do CTB), 2.919 por se recusar a realizar o teste (Art. 165A do CTB) e 57 flagrantes pelo artigo 306, do Código Brasileiro de Trânsito. Participam ainda da operação policiais militares do Choque, dos Policiamentos Rodoviário, Ambiental e de Trânsito e do Corpo de Bombeiros. O Canil da PM é utilizado para a detecção de drogas, por meio de cães farejadores.


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