14/02/2020 às 17h09min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Entenda os riscos de não se prevenir sexualmente 

Todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas entre 15 e 49 anos contraem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso equivale a mais de 376 milhões de novos casos anuais de doenças como clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis. “São doenças transmitidas pela relação sexual sem proteção. Com o Carnaval se aproximando, época em que muitos caem na folia e abusam do álcool, nunca é demais reforçar a importância do uso de preservativo”, alerta Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e especialista em reprodução assistida pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Dra. Karina lista as DSTs e os danos causados à saúde: HIV: é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causadora da Aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Sífilis: infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Surge 20 a 30 dias após o contato sexual, como uma úlcera genital indolor. A úlcera desaparece após alguns dias, mas, se não tratada a doença, pode evoluir para estágios mais avançados, podendo levar à morte. Gonorreia: o quadro clínico é variado na mulher, podendo ser “silenciosa” (assintomática), até causar quadro grave de cervicite (inflamação da cerviz, cérvix ou cérvice, que é a parte mais estreita do colo uterino). Tricomoníase: na mulher, causa corrimento esverdeado, abundante e fétido. Não há sintomas em homens. Clamídia: bactéria que pode causar desde um discreto corrimento até Doença Inflamatória Pélvica, que se caracteriza por febre e intensa dor pélvica. Se não tratada, pode evoluir para sepse e morte. Condiloma acuminado: é causada pelo Human Papiloma Vírus (HPV), que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Na vulva e no pênis, se caracteriza por pequenas verrugas. Herpes simples: infecção viral que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas muito doloridas ao redor da boca ou dos lábios genitais, que estouram e formam lesões crostosas. Cancro mole: o quadro clínico se caracteriza pelo aparecimento de lesões dolorosas na região genital. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo. Mycoplasma genitalium: é uma bactéria de transmissão sexual que causa doença semelhante à clamídia e à gonorreia, mas com uma secreção mais transparente. Hepatite B e hepatite C: são transmitidas, principalmente, pelo contato com sangue contaminado, mas também por relação sexual. A transmissão sexual da hepatite C é pouco frequente, com menos de 3% em parceiros estáveis, mas ocorre em pessoas com múltiplos parceiros, sem uso de preservativo. Além disso, a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – é um importante facilitador dessa transmissão. “A maneira mais eficaz de evitar uma DST é utilizar a camisinha, tanto a feminina quanto a masculina, seja no sexo anal, vaginal e oral”, reforça a especialista. Fonte: Dra. Karina Tafner, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução assistida da Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (www.febrasgo.org.br)  


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